Meu Sant'antoninho, não nos deixes ficar mal e livrai-nos dos gajos por bem. Santa Catarina do Bloco, negociai por nós, ponde os olhos em S. Jerónimo que fez das tripas coração e dai-lhe a mão.
(Rezar 3 vezes com um copo de esperança no futuro)
António Costa Santos
A direita estava descansada com o ovo no cu da galinha, Cavaco excluía o BE e o PCP, Passos Coelho fazia vergar António Costa pressionado pela ala direita do PS, a direita formaria governo, o PS entraria em crise e Costa seria levado à demissão, Marcelo passeava até às presidência, ganhas as presidenciais Passos demitir-se-ia com o argumento de não o deixarem fazer as reformas necessárias, realizar-se-iam eleições legislativas antecipadas e a direita ganharia com maioria absoluta, repetia-se a história, desta vez sem personagens como Oliveira e Costa ou Dias Loureiro, mas com o Marco António e o Miguel Relvas.
ResponderEliminarA estratégia era perfeita e Cavaco decidiu jogar tentando marcar dois golos, um pelo seu governo e outro por forçar Costa à submissão, depois de ter receado ter de dar posse a um governo que ajudou a derrubar, era o prémio de consolação para o pior presidente da história da República, não considerado pelo povo conseguiria, pelo menos, a gratidão da direita. A estratégia não tinha como falhar, o PCP e o BE odeiam e desejam destruir o BE, uma solução governativa que correspondesse a uma maioria dos paRtidos de esquerda no parlamento era impensável, a minoria maioritária da direita iria governar.
Mas Jerónimo de Sousa percebeu que a estratégia de Passos e Cavaco e entre apoiar um governo do PS ou viabilizar um governo maioritário da direita não lhe restava alternativa. Cavaco pensava que Jerónimo de Sousa lhe fazia o favor e enganou-se, ignorou a Constituição e desprezou os líderes dos outros partidos, incluindo Paulo Portas, e tramou-se, Passos ficou sem condições para apresentar uma solução alternativa. Agora Cavaco está confrontado com o risco de ter uma solução governativa diferente daquela que encomendou, resta-lhe lembrar-se de que Portugal tem uma Constituição e apressar-se a indigitar Passos Coelho para primeiro-ministro. Cavaco pensou que ia tosquiar António Costa e vai acabar por ser ele o tosquiado.
Agora anda toda uma direita a clamar que ganhou as eleições, como se fossem gaiatos a berrar que a bola é deles e dizendo que António Costa está violando as regas do jogo. Só que não foi António Costa que decidiu jogar aos consensos, foi Cavaco que viu mais uma oportunidade de forçar o PS a “obedecer” a Passos Coelho chamando a isto consenso. Teve azar, jogou mal e agora corre um sério risco de conduzir o país a uma grave crise política. É o preço que o país poderá pagar por ter eleito alguém sem condições para exercer o cargo de Presidente da República.
Texto retirado do facebook de João Joaquim Pelicano
O coiso falta ao 5 de Outubro para reflectir, queima o único neurónio que lhe resta a pensar em todos os possíveis cenários mas com esta é que não contava.
ResponderEliminarA mão direita é igual à mão esquerda mas tentem lá calçar uma luva trocada a ver se entra...
Eles andam todos borradinhos de medo, mas a pressão é imensa o que levará o Passos a dar tudo ao Costa .... mais uma vez, o capital e a grande chantagem nos irão tramar. Mas a luta continua!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarCaro pelicano não se preocupe não tarda o costa e o passos estão a entender-se a sede de estar no poder é muito grande.
ResponderEliminarAbraço
"Coligação envia mais de 20 propostas ao PS e ainda acredita num acordo
ResponderEliminarPassos e Portas voltam a receber Costa com uma proposta que procura satisfazer as exigências socialistas na noite eleitoral." Público on line
"O presidente do Conselho Económico e Social, Luís Filipe Pereira, considera que um entendimento tripartido é necessário para garantir uma "solução governativa estável" em Portugal." - TSF on line
"Este homem não é de confiança", diz José Manuel Fernandes de António Costa. - Observador on line
Extracto de um texto que aqui escrevi faz dias:
"A verdade é que o próximo governo de Portugal tem de romper com o rumo dos últimos quatro anos se quiser impedir que o país tombe na completa indigência. O governo e o Parlamento têm de aprender a viver no mundo real, em vez de fugir para o reino da fantasia. A vocação dos socialistas não é servir de muleta à Direita nem de bode expiatório à Esquerda. O PS está no centro dos debates e da construção de soluções, sem interlocutores privilegiados, porque o Parlamento é, por definição constitucional, "a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses"
E será que não há um mínimo de denominadores comuns entre a esquerda? Claro que sim. E essencial são os valores de ABRIL – justiça social, reforço da escola pública, do SNS e do sistema de pensões, para já não falar da reposição imediata dos feriados do 5 de outubro e do 1º de dezembro, bem como no reforço dos direitos dos trabalhadores, da contratação colectiva, no aumento do salário mínimo…
“Sejamos realistas, peçamos o impossível”, não era esse um slogan de Maio 68? A tese de que o PS se tramou porque virou à esquerda carece de comprovação factual. Alinhar pela retórica sem estratégia, apenas porque sim, esquecendo a realidade sociológica e política do Portugal democrático, seria um erro clamoroso, ditado por uma teimosia sem visão, só capaz de reforçar a vitória da direita, oferecendo-lhe “de bandeja” mais uma década de poder, e em circunstâncias de fácil destruição do Estado e direitos sociais. Mas, para aqueles que “à esquerda” vaticinaram o fim das ideologias, que “isso de esquerda e direita já era”, que agora a retórica florida bastaria para convocar as massas e inebriar os movimentos sociais, atenção... muita atenção... a realidade... chegou. E por tudo isto gostava que o PS não confundisse “a estrada da Beira, com a beira da estrada”.
A concluir: quais as minhas expectativas? Reduzidas. Pois eu sei, tu sabes, ele sabe, que quem manda são as multinacionais (nas suas múltiplas formas). O estado deixou de ser a encarnação da soberania do povo para se tornar uma central de interesses onde os princípios democráticos são apenas pretexto.
Mas dá um certo gozo, mesmo (podendo ser) passageiro!"
Conclusão: O que está aqui em causa é, sem margens para dúvidas, a própria democracia.
Porque isto de o povo se capacitar de que vote em quem votar, a política será sempre ditada antidemocraticamente por forças externas, reduz-nos a coisa nenhuma.