Eleições, debates e protagonistas.
Para quem tem memória, recorda muitos. Soares, Cunhal, Freitas, Sá Carneiro, Pintassilgo, Mota Pinto, Eanes, Sampaio, Cavaco, Constâncio, Ferro, Durão. Santana, Sócrates.
Este - Coelho, Costa - vai ser mais um. Vai ficar à vista de toda a gente que um só debate não vai ser suficiente. Seriam necessários dois ou três.
A Coelho não interessavam?
Assim, Coelho não vai ser confrontado com as “trapalhadas” que tem feito nestes últimos 4 anos. Logo aí vai sair beneficiado.
Além do mais - e mais importante - não se vão poder abordar diversas questões centrais da política nacional.
O assunto é sério. Numa hora e meia não vai ser possível discutir e clarificar as políticas para o emprego, a segurança social, a educação, a saúde, a justiça, a emigração e a imigração, a demografia, a defesa, a segurança, a Europa, as relações externas…
A complexidade dos problemas e a forma da governação para os resolver não vão ser revelados no debate de logo à noite.
Portanto, resta estar atento, em especial, às diferenças dos programas e das personalidades dos dois contendores. Espero que, ao menos, o debate mostre - e isso já seria positivo - que Coelho e Coelho são diferentes.
Não sei quem ganhará mais votos com o debate de logo à noite.
Mas não deviam ser as televisões a condicionar as escolhas políticas dos portugueses.
No debate de logo à noite está em jogo mais do que se possa pensar: vai ser testado o poder da ditadura mediática, cavalo em que apostam os líderes populistas.
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