sábado, 26 de setembro de 2015

Cuidado...


Pouco antes do início da arruada de ontem do PàF em Espinho, um homem que por ali estava terá alegadamente gritado “corruptos” – e, convenhamos, que a probabilidade de ali estarem alguns era elevada – e, segundo o repórter da CMTV no local, atirado algumas bandeiras da coligação para o chão. O que se seguiu, e que de resto surgiu nos telejornais, foram apoiantes/militantes do PSD ou do CDS-PP que agrediram de forma, vá lá, “enérgica”, o indivíduo em questão. Num dos momentos da cena, existe um PàF que segura o homem e outros dois que lhe batem em simultâneo. No final, e após a evacuação do agredido, surge uma PàF de bandeira na mão que, num momento pedagogia parola, lhe diz “você veio para aqui provocar“. E como veio provocar é merecedor de uma série de socos, pontapés e joelhadas sem que se tenha visto uma única agressão do anónimo revoltado. 
Cuidado: como já dizia o Zeca Mendonça, "quem se mete com o PàF leva!"

Fica o alerta, via Aventar,  para que tenha cuidado da próxima vez que se cruzar com uma caravana do PàF. 
E, entretanto, não acredite em tudo o que vê na CMTV e na RTP.

1 comentário:

  1. A Arte de Furtar26 setembro, 2015 15:20

    Subscrevo.

    TEXTO:
    "Quero, com a mesma convicção que em 2011 queria o afastamento do engenheiro Sócrates da governação, que a coligação seja derrotada e afastada do poder.

    Mas não o quero para regressar ao passado ou para dar ao PS uma maioria que lhe permita ficar com as mãos soltas.

    Como em qualquer democracia estável, acho que os governos de coligação são mais fiéis à vontade plural da maioria dos eleitores e não gosto de truques para dar poder absoluto a quem tem 35-40% de votos expressos.

    Com gente no governo ou apoio parlamentar, acho que deve existir pela primeira vez em Portugal, como aconteceu agora com estes neo-liberais estatistas de 3ª ordem (só é aparentemente um paradoxo, como o comunismo capitalista chinês), um governo em que se aliem os partidos de centro-esquerda de forma que se respeite o programa do maior partido, mas sem que os mais pequenos tenham de ceder em tudo.

    Pelo que acho que é tempo das vestais do PS -os Lellos, os Sousa Pintos, aqueles que andam em torno de Maria de Belém sem ser apenas por desforra contra António Costa - manterem as roupas bem vestidinhas se existir uma aproximação real ao Bloco e ao PCP, em vez de apostarem no peronismo do Marinho Pinto ou na cisão bloquista europeísta que é o Livre como bengalas para chegarem ao poder. Porque, queiramos ou não, o PCP e o Bloco que resta (o pessoal da UDP, fundamentalmente) conhece muito melhor o país do que os habituais frequentadores das tertúlias televisivas dedicadas ao comentário político.

    Acho que fui claro. Podem sempre cobrar-me na volta do correio, em 2019 ou lá quando for.

    Porque se um tipo conseguiu sobreviver a um governo de 4 anos com criaturas como aquele Maçães lá dentro, não há que recear seja o que for."

    Paulo Guinote – Professor

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