"Na inauguração do quartel dos bombeiros, Nuno Osório, o comandante do corpo dos municipais, dirigiu-se ao presidente da câmara tratando-o de forma directa e simples na segunda pessoa.
Osório, percebemos, quis homenagear, não o presidente da câmara, não a figura institucional, mas o homem e cidadão João Ataíde.
A abordagem teve tanto de surpreendente e ousadia como de sentimento e verdade.
À parada foi atribuída o nome da pessoa e do homem, não o de sua excelência, o senhor presidente da câmara. Este figurava já na placa inaugurativa. Foi um reconhecimento singelo. Esquecemo-nos, às vezes, da singularidade de cada um e, sobretudo, dessa evidência simples de que somos, todos, gente igual; de carne e osso, com sentimentos e emoções, com fragilidades e nobreza, com determinação e valores, pais, irmãos, companheiros. Somos todos um “tu”, na alteridade que nos caracteriza.
Demonstrar isto, sem imposturas e sem tolice, é comovedor. Fazê-lo como quem colhe flores, pode parecer ingénuo, mas é genuíno. João Ataíde teve, na simplicidade do gesto, o melhor e o mais humilde dos reconhecimentos que se pode fazer a alguém.
E nós, uma lição."
António Tavares, hoje no jornal AS BEIRAS
terça-feira, 22 de setembro de 2015
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Verdade, berdadinha é que já estou com saudades de uma sondagenzinha da Aximage!
ResponderEliminarIsso sim, arriba um homem pois são sempre tu-cá-tu-lá com a "realidade"!