Em 2011, os portugueses tiveram oportunidade de assistir a um vídeo da Finlândia - em resposta a outro que Portugal já tinha feito -, em que os finlandeses diziam que iam abster-se de gozar com a situação da economia nacional, embora pudessem fazê-lo.
Em boa hora não o fizeram. Quatro anos depois, a economia nórdica mergulhou numa crise estrutural sem fim à vista e não está em posição de gozar com ninguém. Na Finlândia a dívida pública também deve este ano romper o limite de Bruxelas, mas mantém-se próxima dos 60% do PIB.
Noutra economia, poderia significar o recurso a estímulos. Na Finlândia, fiel defensora da teoria da austeridade alemã, isso é mais difícil. "É preciso cumprir o que se apregoa para os outros", frisa Pasi Sorjonen, economista-chefe do Nordea, o maior banco da região nórdica, reconhecendo que o futuro próximo não parece risonho, porque o actual governo está a tentar cortar na despesa - depois do falhanço das subidas de impostos dos últimos anos -, mas os finlandeses estão a rejeitar o medicamento que, nos últimos anos, defenderam para o Sul da Europa.
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