António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 16 de agosto de 2015
O difícil que é gerir expectativas
O problema começa logo no início: dar aso a que as expectativas surjam.
As nossas vidas decorrem baseadas em probabilidades, pressupostos ou promessas que a maioria das vezes terminam em decepções, dor, mágoa, desânimo ou desalento.
Esperar por algo ou por alguém deveria unicamente fazer sentido quando se tem por base uma realidade palpável e não quando sabemos, à partida, que nos vamos novamente magoar.
Contudo, temos este lado masoquista e insistimos em apostar em construções na areia que a primeira subida da maré desfaz completamente...
Espero que Passos tenha razão ao pedir um resultado “inequívoco” nas legislativas de 4 de Outubro próximo - um derrota também o é...
As expectativas que tenho, porém, e que contam para mim, são aquelas que existem (e dependem) unicamente na minha pessoa...
Há muito que deixei de ter expectativas que dependam dos portugueses em geral e da maioria dos que votam em particular.
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
As expectativas de mudança são tão baixas que neste Agosto até o Sol emigrou...
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