O orçamento participativo
é um processo
que “consiste na reserva
de um montante cujas
finalidades são submetidas
a um processo de escolha
pública, sendo integradas
no orçamento municipal…”.
Na Figueira, o processo
constituiu uma verdadeira
novela que terá tido o seu
início quando, em outubro
de 2008, a oposição de
então propôs ao executivo a
inclusão no seu orçamento
de uma verba para um “orçamento participativo”.
A proposta não só foi
recusada como foi recebida
com desprezo e, entre
outras coisas, foi apelidada
de “caldeirada”. Em final de
2009, o partido proponente
assume o executivo e, como
lhe competia, apresenta em
março a sua intenção de
preparar aquele projecto. Em
novembro de 2010, revela
protelar o processo para
o ano seguinte e em 2013
volta a manifestar intenção
de o desenvolver.
Passado todo este tempo,
de orçamento participativo,
nada! Até que a oposição
antecipa-se, ultrapassa o
executivo e, ao arrepio da
opinião manifestada em
2008, propõe… o quê? Pois,
nem mais: um orçamento
participativo! Em resumo,
um partido mudou claramente
de opinião. O outro
foi tão lento que se deixou
ultrapassar.
Disse Churchill: “Não há
mal nenhum em mudar de
opinião, contanto que seja
para melhor”. Tratando-se,
porém, de questões ideológicas… Por sua vez, afirmou
Rousseau: “O castigo da
ocasião malograda é o não
tornar a encontrar-se mais”.
Em tempo.
Esta cónica do eng. Daniel Santos foi hoje publicada no jornal AS BEIRAS...
Isto de "experiência-piloto de orçamento participativo", tem muito que se lhe diga...
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