«Estamos hoje a lutar mais por Abril e pela liberdade do que em tantos anos se fez com muitos outros governos, e isso devemos à vontade dos portugueses», reivindicou Pedro Passos Coelho, na cerimónia de apresentação do
programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP, num hotel de cinco estrelas no
Parque das Nações, há uns dias em Lisboa.
Confesso a minha grande admiração pelo Passos, pelo Portas,
pelo ministro da economia, pelo Mota Soares, pelo Marco António, enfim, por
todos os que têm contribuído neste ciclo interminável da manipulação da realidade dos portugueses como se vê a olho nu no folhetim actualmente em exibição dos números do desemprego.
Não se estejam já a rir… Estes senhores têm todos uma característica em comum: são todos liberais,
isto é adeptos do mercado livre, pouco estado, pouca regulação…
Depois de cerca de 4 anos no poder, a menos de 60 dias de
umas eleições legislativas, face às condições reais em que vivem os portugueses, a contragosto têm de se preocupar em martelar
uma saída, não para o problema do desemprego, que alguns antropólogos, alguns sociólogos e mesmo meia dúzia de psicólogos (tudo
gente desprezível para este governo...) alertam que é um drama do caneco, mas,
para criar um conto de fadas que os conduza a uma saída feliz a 4 de Outubro
p.f.
Segundo consta há na
Figueira e noutros lugares sinistros e exóticos deste Portugal, crianças com
fome, pais deprimidos e velhos desesperados – tudo gente que não
partilha a euforia da psicologia positiva espalhada pela máquina de propaganda
dos iluminados deste governo.
Esses, tiveram o merecido castigo: as crianças ficaram na
fossa, os pais sem emprego e os velhos com a reforma com cortes....
Podemos estar mais tranquilos e satisfeitos até 4 de Outubro
p.f.: esta manhã a televisão não se cansa de dizer que a fabricada taxa de
11,9%, é um momento “histórico”!..
Tudo normal portanto...
É Agosto e a chuva vai tardar ainda a aparecer...
Entretanto, os media continuam a matraquear os portugueses
com a diminuição do desemprego em Portugal, que os atingidos não sentem, pois continuam a não encontrar emprego.
Ainda há quem diga a verdade acerca do desemprego.
ResponderEliminarEsqueçam as percentagens manipuladas e falseadas do desemprego.
Os números da população activa está a decrescer. A realidade é esta: a faixa da população que demonstra se efectivamente, se está a criar emprego, que produza riqueza e contribuições para a sustentabilidade, das pensões e reformas, isso é, no que todos nós, devemos reflectir e julgar, quem nos governa na "boca das urnas".
Pouco importam os números manipulados e enganadores do desemprego, cada vez mais, com percentagens virtuais, ao sabor dos que querem ganhar eleições, custe o que custar...
E os que abalaram?
ResponderEliminarE os que vemos partir?
São estatística,limpa.
Não contam. São os inactivos.
Este texto tem como banda sonora a música do (grande) Manu Chao chamada "Mentira".