"O convite formulado à
Câmara da Figueira
pelo Centro de
Estudos e Investigação e
Dinâmicas Sociais e Saúde
para participar no programa
Municípios e Saúde Infantil,
onde se combate a obesidade
infantil, faz todo o
sentido na época de crise que
atravessamos. Ao contrário
do que sucedia antes do
século XX, hoje os pobres dos
países mais desenvolvidos
estão paradoxalmente mais à
mercê da obesidade.
Os alimentos carregados
de açúcar e gorduras, e por
conseguinte de calorias,
estão entre os mais baratos e
de pior qualidade do mercado.
Por exemplo, uma lata de
um refrigerante convencional
contém quase 10% das calorias
diárias de que necessitamos.
Um pacote médio de
batatas fritas pode atingir os
15 ou 20%.
Nas minhas passagens pelos
EUA, constatei esse paradoxo
mais do que em qualquer outro
lugar, onde a obesidade é
generalizada entre os pobres
e onde encontrar uma pessoa
saudável é quase sinónimo
de estatuto social ou educacional
elevado. Ao lado de
baldes gigantescos de marshmallows
e de travessas
de mega-donuts exibem-se
caixas de comprimidos para
abater a gordura.Na Roma antiga, havia os
vomitórios para continuar a
comer. Nos EUA, há comprimidos
milagrosos. Na Europa,
em países como Portugal,
Malta, Grécia e Espanha, onde
o baixo nível educacional se
alia à pobreza, existe uma
taxa de incidência de obesidade
infantil assustadora.
Este é o momento para actuar."
Em tempo.
Oportuna, a crónica de hoje de Rui Curado da Silva, no jornal AS BEIRAS.
A Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 a obesidade afecte 21% dos portugueses e 22% das portuguesas, valores que sobem em 2030 para 27% e 26% para cada um dos sexos.
Contudo, há uma esperança. Há um português que descobriu uma proteína que pode contribuir para o combate que é necessário travar contra a obesidade. Gordos e gordas, levantam-se do sofá e mexam-se: vão andar, correr, andar de bicicleta...
Não é tudo, mas ajuda.
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