Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
Em tempo.
Hoje é sexta-feira.
Na Figueira, há dias assim, vazios, como na Quadrilha do Carlos Drummond de
Andrade: todos têm, efectivamente, nada.
Menos a Lili.
Sobrou-lhe
o tal J. Pinto Fernandes.
Contudo, amanhã é outro dia: sábado.
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