Cito o eng. João Vaz:
“As pobres das árvores, depois da violenta rolagem a que
foram sujeitas pelos jardineiros da Câmara Municipal, estão agora enfraquecidas
- o estilo pom-pom - apresentando umas
folhitas no topo de troncos enormes. Estamos a meio de Maio, aquilo que deveria
ser o esplendor vegetativo é uma parca mostra de sobrevivência das árvores.
Enfim, enquanto os jardineiros não tiverem formação
adequada, vão perpetuar-se este tipo de erros na gestão do património arborícola.”
“Há árvores bem tratadas, com uma copa natural e
equilibrada, e há árvores mal tratadas: a copa completamente destruída por
podas camarárias mal dirigidas e executadas. Os "biscateiros" pegam
na moto-serra, sobem ao escadote e destroem a copa (rolamento). Para quê? É
tradição, sempre assim se fez e continuará a fazer. Quem perde? Todos nós. As
árvores ficam fragilizadas, aumenta o risco de caírem, envelhecem precocemente
sujeitas a feridas que demoram anos a sarar. Quando a ferida sarar, lá vem
outro corte (poda)!
Mas, no dia da árvore lá estaremos a comemorar!”
Em tempo.
Na Figueira, desde há muitos anos, temos a cultura desta coisa extraordinária: na
câmara, desde os chefes de gabinete, passando pelos assessores e pelos
motoristas, as escolhas são normalmente feitas
pelos presidentes e vereadores eleitos,
com respeito pela máquina partidária vencedora das eleições.
Que se esteja insatisfeito
com um jardineiro e nada aconteça no decorrer de vários anos, leva-me a crer que a
excepção, que confirma a regra da admissão por confiança política na câmara da
Figueira – os tais que podem ser
demitidos a qualquer momento – deve ser mesmo o jardineiro- biscateiro!..
Claro que é sempre mais difícil - e não é isso que estou a
propor - demitir o vereador do Ambiente, em último caso o verdadeiro
responsável político por uma câmara que
trata as árvores com um desprezo olímpico.
Carlos Monteiro – o Cabedelo é disso um exemplo - não é nem melhor nem pior do que a desgraça
que têm sido os sucessivos vereadores do
Ambiente de anteriores executivos camarários figueirenses.
Valha-nos a tradição: normalmente, a culpa costuma ser do porteiro …
Desta vez, é do
jardineiro-biscateiro…
E, por exemplo, no Cabedelo, na praia da Figueira, ou na Serra da Boa Viagem, de quem é a culpa?
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