António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sexta-feira, 22 de maio de 2015
Se não fizermos o que tem de ser feito, ninguém o fará por nós...
Com eles, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se como o papel nas paredes, as fotografias da família, a preto e branco, amarelecidas pelo passar do tempo.
E a malta já não é a mesma - os que não morreram, estão a envelhecer.
Mas o rio da Aldeia continua, imponente, a correr...
Um dias destes, alguém me disse que os blogues na Figueira estão em recessão...
Comentei o óbvio: se eu não fizer um blogue, ninguém o fará por mim.
2 comentários:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Na adversidade, as nossas convicções são a maior força, mesmo perdendo batalhas, no final seremos os grandes vencedores, não mudámos, nada mudou,será asssim, enquanto o rio da vida correr em nós.
ResponderEliminarCalculo que alimentar um blog deve dar muito trabalho.
ResponderEliminarCalculo que produzir um blog de intervenção cívica deve dar dores da cabeça.
Nao só escolher os temas mas construir fundamentações.
Mesmo podendo não comungar de todos os seus pontos de vista políticos,há um lastro de amor à sua terra, gentes e liberdade que nunca o vão fazer desistir.
Eu cá estarei para aborrecer, criticar ou concordar.
Enquanto houver espaço e palavra livre.
Não desista.