Alvin Toffler |
Os dados são de ontem e tornam visível a relação causal entre os
desequilíbrios nas relações laborais que foram sendo progressivamente
introduzidos pelos sucessivos Governos que tivemos, a estagnação económica que
marcou todo o período e a degradação progressiva das nossas contas públicas:
mais de metade dos empregos criados nos últimos 18 anos são a tempo parcial,
contratos a termo ou trabalho independente, conclui um estudo que analisa as
desigualdades nos países da OCDE e em várias economias emergentes.
"Entre 1995 e 2013, mais de metade de todos os empregos
criados nos países da OCDE eram de uma destas categorias.”
O estudo ontem
apresentado pela OCDE complementa a informação constatando que os “trabalhadores
pouco qualificados com contratos temporários, em particular, têm rendimentos
muito mais baixos e mais instáveis que os trabalhadores permanentes”, confirma
o aumento das desigualdades em quase todo o mundo e coloca Portugal na
parte desse mundo onde – transferência/concentração de riqueza – o
empobrecimento dos que menos têm corresponde ao aumento da fortuna dos mais
ricos.
A OCDE identifica neste aumento das desigualdades um entrave
ao crescimento económico que há que combater.
Apesar de haver histórias que nunca passam nos telejornais, não é novidade nenhuma. E a procissão ainda agora vai no adro.
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