Mais de dois meses depois, “Alerta costeiro 14/15”, uma exposição fotográfica de Pedro AgostinhoCruz, ainda não conseguiu ser inaugurada e continua a ser notícia...
Hoje - que foi o dia a seguir à ironia ter saido à rua com os dentes afiados - depois de na passada
quinta-feira a deputada municipal Ana Oliveira ter apresentado uma
moção que propunha a realização da mesma exposição nos Paços
do Concelho, o assunto merece destaque no jornal AS BEIRAS.
Na sessão da assembleia municipal
realizada no último dia do mês de Abril de 2015, a troca de
argumentos entre os partidos representados naquele órgão autárquico
envolveu “os valores de abril”, em particular a liberdade de expressão:
o autarca de São Pedro, eleito por uma lista PS, foi acusado de
falta de cultura democrática.
Bonito, mas bonito mesmo, para mim, que por mero acaso estava presente no salão nobre dos paços do concelho, foi ter presenciado a bancada do PS figueirense na Assembleia Municipal, na discussão da
proposta, cometer o mesmo erro que o presidente de São Pedro, dois meses antes: como sabemos, na vida ou na política, se avançamos, sem retaguarda,
deixamos para trás a hipótese de recuar.
E isso, mais cedo que tarde, costuma sair caro...
E isso, mais cedo que tarde, costuma sair caro...
Daí, esta iniciativa da oposição
quase ter sido aprovada, não fosse o voto de qualidade do presidente
da mesa, José Duarte.
Tudo porque alguns deputados
socialistas, a meu ver, certamente pouco confortáveis com o sentido
de voto da bancada a que pertencem, num assunto tão delicado, melindroso e sensível, para os verdadeiros socialistas - tem tudo a ver com a liberdade de
expressão e de pensamento - se terem ausentado da reunião
momentos antes da votação, verificando-se o tal empate (16-16 e uma
abstenção).
Para Ana Oliveira, do PSD e a autora da proposta, "esta visava despertar as consciências para o problema da orla
costeira”.
Já para Nuno Melo Biscaia, líder do PS na assembleia, não passava de uma moção que tinha “encapotada uma provocação política”. Registei, e lamento, meu caro Amigo, as tristes figuras que um líder político de uma bancada, por vezes, tem de fazer. E lamentei ainda mais, acredite pois isto é sincero, sendo V. Exa. filho de um Homem tolerante e um verdadeiro democrata chamado Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia para quem "a coerência é, talvez, o que melhor define o seu carácter. Sem nunca tergiversar nas suas tomadas de posição ao longo da vida, é um verdadeiro democrata de espírito aberto e tolerante. Acredita nos seus ideais, mas respeita democraticamente os dos outros."
Já para Nuno Melo Biscaia, líder do PS na assembleia, não passava de uma moção que tinha “encapotada uma provocação política”. Registei, e lamento, meu caro Amigo, as tristes figuras que um líder político de uma bancada, por vezes, tem de fazer. E lamentei ainda mais, acredite pois isto é sincero, sendo V. Exa. filho de um Homem tolerante e um verdadeiro democrata chamado Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia para quem "a coerência é, talvez, o que melhor define o seu carácter. Sem nunca tergiversar nas suas tomadas de posição ao longo da vida, é um verdadeiro democrata de espírito aberto e tolerante. Acredita nos seus ideais, mas respeita democraticamente os dos outros."
O debate teve ainda um momento
interessante, principalmente para os fregueses de São Pedro, quando
José Elísio, ao responder a uma desajeitada “picardia” de
António Salgueiro, proferiu esta declaração: “tive duas oportunidades para governar a Junta de São Pedro e não as aceitei”. O presidente de Lavos, José Elísio, proferiu estas palavras em resposta a António Salgueiro "quando este lhe sugeriu que tratasse de Lavos que ele tratava da sua freguesia".
A primeira oportunidade, explicou José Elísio, "foi em 1985, quando defendeu a desanexação de São Pedro de Lavos. A segunda foi em 2013, com a reforma administrativa, dando a entender que, se tivesse querido, São Pedro regressaria à freguesia de origem".
A primeira oportunidade, explicou José Elísio, "foi em 1985, quando defendeu a desanexação de São Pedro de Lavos. A segunda foi em 2013, com a reforma administrativa, dando a entender que, se tivesse querido, São Pedro regressaria à freguesia de origem".
Completamente fora desta polémica
e às questões político-partidárias em seu redor, o fotojornalista
Pedro Agostinho Cruz, em declarações ao jornal AS BEIRAS,
mostrou-se surpreendido com a iniciativa do PSD e disse "que a
exposição vai ser inaugurada em breve, num espaço público e com
outro formato”.
Caro amigo ouve uma parte do teu excelente texto que não entendi quando dizes: Registei, e lamento, meu caro Amigo, as tristes figuras que um líder político de uma bancada, por vezes, tem de fazer.
ResponderEliminarEstou baralhado lider politico ?Qual lider?
Bancada? qual bancada?
Só tenho uma coisa a dizer:
O MELHOR FOTO JORNALISTA DA CIDADE NÃO MERECIA ISTO
FORÇA PEDRO.
Presumo que o dr. Nuno Melo Biscaia é o líder político da bancada do PS na Assembleia Municipal figueirense.
ResponderEliminarPresumo que isso é publico.
Dada a minha incapacidade para conhecer os sofisticados meandros da profunda e intensa actividade política da Câmara Municipal, arrisco a transformar-me num cromo de caderneta.
ResponderEliminarA troca de palavras e meias palavras na reunião; a votação e a posição do líder do grupo (Nuno Melo Biscaia) dá a entender que o grupo parlamentar do PS, na Assembleia Municipal, não prepara as reuniões.
O Povo, que é sábio, costuma afirmar, "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és".