“Hoje quem luta e quem reivindica está sempre sozinho. Pode
contar consigo ou com os seus e nada mais. Os mecanismos clássicos que geravam
solidariedade foram erodidos na sociedade durante várias décadas e praticamente
destruídos pela crise do «ajustamento». Há excepções, mas esta é a
regra.
Isto significa que
todas as lutas parecem ser corporativas, mesmo quando não o são. Esta «corporativização» dos conflitos sociais enfraquece o seu impacto,
dá-lhes uma dimensão que parece, vista de fora, egoísta, e dificulta, quando
não impossibilita, qualquer solidariedade activa. Cada um, a seu tempo, quando
precisa de lutar, protestar, pura e simplesmente levantar-se e dizer que
"não", vai pagar na sua solidão a indiferença que teve pelos outros.”
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