Se, por um lado e por exemplo, quando falamos da Mealhada, sabemos que tem uma grande marca chamada leitão, por outro lado, por exemplo, quando falamos de droga, sabemos que a melhor marca é sempre branca...
Contudo, quando falamos da Figueira, falamos concretamente de quê em termos de marca?
Depois de ler, hoje, no jornal AS BEIRAS, a crónica onde Miguel Almeida, volta a referir-se à conferência o "Futuro da Figueira da Foz - os negócios e o território", sem nunca clarificar o essencial - o que é, na realidade, essa coisa chamada Marca Figueira -, o autor termina assim a crónica:
“Destas reflexões há uma que
considero central: quanto
vale a marca Figueira?
Será que sabemos? Será
que a temos valorizado e
potenciado? Há um caminho
muito longo a percorrer,
sem amadorismos, se
não quisermos perder
definitivamente o comboio
do desenvolvimento.”
Eu, que limitado me confesso, por isso sublinho: depois de ler com toda a atenção de que fui capaz, a crónica de hoje do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida, continuo com a dúvida: Marca Figueira, o que é?..
A limitação, admito, pode ser minha. Eu sou povo. E o povo é povo porque não percebe uma série de coisas. E quem lê este espaço, na sua esmagadora maioria, também é o povo.
E o povo que me lê sabe que eu estou a falar do real e de concreto: marketing político é outra coisa, como muito bem sabe Miguel Almeida.
Em épocas de fervor revolucionário, como foi na Figueira a passagem de Santana Lopes, o tempo tem sempre uma dimensão proporcionalmente inversa ao empolgamento dos protagonistas. Quanto mais fervor revolucionário mais o tempo parece escasso. Todos os sonhos parecem realizáveis e as vozes conciliadoras, ou que se atrevam a apelar ao realismo, são silenciadas ou desprezadas. Foi o que aconteceu a partir de 1997 na nossa cidade, até termos chegado à realidade chamada "o colossal buraco das contas da autarquia figueirense".
Esse tempo, porém, passou.
Todos sabemos que o Algarve, em termos de turismo balnear, é a região no nosso País na qual o turismo tem uma indesmentível importância, com impacto económico-social regional e nacional.
O desenvolvimento da actividade turística no Algarve é um fenómeno relativamente recente: remonta aos anos sessenta do século passado.
Anda por aí, também, o começo do declínio da Figueira como estância balnear e turística. Toda a gente, na Figueira, sabe que o Algarve é o mais importante destino turístico português e uma marca enraizada num conjunto de mercados emissores de turistas.
A marca do Algarve é isto, não é só uma lamentável ideia saloia.
Espero, portanto, que me expliquem, concretamente, como se eu tivesse 5 ou 6 anos, o que é a Marca Figueira...
A marca figueira podem ser por exemplo os livros do poeta dos 7 oficios.
ResponderEliminarEntre os que escrevem, há os que têm alguma graça, os que têm muita... e os que têm momentos geniais. Mais um texto reflexivo!
ResponderEliminar“A limitação, admito, pode ser minha. Eu sou povo. E o povo é povo porque não percebe uma série de coisas.” – autor do blog.
Ao começar este breve comentário com as palavras do autor do blog, significa como me identifico com elas.
Sou um comum cidadão para o qual “Marca Figueira” significa: qualidade de vida!
A pergunta é: e há qualidade de vida no concelho da Figueira da Foz?
Termino reforçando o sentido destas palavras: “Espero, portanto, que me expliquem, concretamente, como se eu tivesse 5 ou 6 anos, o que é a Marca Figueira..”