“Porque será que a imprensa portuguesa noticia todas as candidaturas possíveis e imaginárias à
Presidência da República e, salvo raras e honrosas excepções,
omite o meu projecto de candidatura, que foi, recorde-se o primeiro
ser apresentado (Julho de 2014)?
A resposta é simples: sou uma
voz incómoda para as sociedades secretas e grupos de pressão que
têm a pretensão de dominar este País e este Povo...
... O meu projecto de candidatura a Presidente da República está a ser levado muito a sério e quando os portugueses despertarem para a sua existência e concluírem que têm em mim um aliado então tudo poderá acontecer .
A condição de candidato marginalizado pela dita comunicação social até tem dado algum jeito, pois tem permitido que me apresente nessa qualidade aos eleitores com quem contacto directamente .”
... O meu projecto de candidatura a Presidente da República está a ser levado muito a sério e quando os portugueses despertarem para a sua existência e concluírem que têm em mim um aliado então tudo poderá acontecer .
A condição de candidato marginalizado pela dita comunicação social até tem dado algum jeito, pois tem permitido que me apresente nessa qualidade aos eleitores com quem contacto directamente .”
Memórias, não presidenciais!
ResponderEliminarCompletam-se hoje 46 anos do dia em que a Academia de Coimbra se ergueu contra a Ditadura.
Na manhã de 17 de Abril de 1969, por ocasião da inauguração do Edifício da Matemática. Vieram a Coimbra os Ministros das Obras Públicas, da Educação (o Prof. Hermano Saraiva) e o então Presidente da República, Almirante Américo Tomás. Em determinado momento, Alberto Martins, Presidente da AAC pede a palavra ao Presidente da República, com uma pergunta que calou a sala:
«Sua Ex.ª, Senhor Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?»
17 de Abril 1969 foi um marco inesquecível é incontornável na luta estudantil e na luta contra o regime fascista que desembocou no também inolvidável dia 25 de Abril.
Foi um confronto com o fascismo no qual se formou toda uma geração de líderes políticos e intelectuais que no pós-25 de Abril viriam a ter papel destacado (Alberto Martins, Barros Moura, Celso Cruzeiro, António Marinho, entre muitos outros). E no qual a dinâmica colectiva gerou um movimento muito mais rico e criativo do que as vanguardas politizadas algumas vez teriam, por si sós, sido capazes de impulsionar.
Com a crise de 1969 aprendemos a escutar as conversas dos irmãos, mais velhos, com os amigos e as suas ideias; aprendemos a participar numa manifestação; aprendemos a sintonizar a rádio “Voz da Liberdade”; aprendemos que há uma palavra única nas nossas vidas: liberdade!
Com a crise académica de 1969,foi o primeiro momento da minha vida juventude em que assisti ao confronto de ideais políticos: de um lado o Futuro, do outro o Passado. De um lado a acção utópica por uma sociedade mais justa. Do outro, o pragmatismo caduco das injustiças totalitárias. De um lado o sonho e do outro a arrogância. O Futuro enfrentando o Passado.
Que resta de nós?