«As comemorações do 25 de Abril, no sábado, são duas, e definem a divisão do País. As "oficiais", em circuito fechado, vão dar azo a que o dr. Cavaco repita o chorrilho de inocuidades. Sem cravo na lapela, para não ofender os que restam, o cavalheiro, melancólico e soturno, parece deslocar-se para um funeral. Há uma certa verdade no quadro: ele não tem nada a ver com aquilo e, notadamente, está ali a fazer um frete. A Associação 25 de Abril, como o tem feito, vai estar ausente, alguns senhores ostentarão o cravo, toque de "A Portuguesa", e a festa acaba, como se fora o cenotáfio de um morto, porém empalhado.»
Baptista Bastos in O Grito de um Viva, CM 22abr2015.
Comentar Baptista Bastos é redundante.
ResponderEliminarO dom da escrita está com ele e o seu cravo vermelho nunca murcha!
Apenas me resta reforçar o sentido das suas palavras, e do autor do blog, com esta declaração de Vasco Lourenço:
«Estamos órfãos há muito tempo de um Presidente da República digno e capaz», (Antena 1)