quarta-feira, 8 de abril de 2015

A sardinha “fresquinha e vivinha” regressou à lota da Figueira!..

foto de Pedro Agostinho Cruz
A pesca da sardinha regressou hoje à lota da Figueira, depois de de cerca de meio ano de pausa devido à proibição de captura por esgotamento da quota.
Na passada segunda-feira foi publicada uma nova portaria, para definir as regras para o início da pesca da sardinha e, “tal como as Organizações de Pesca (OP) sugeriram, a quantidade de sardinha a pescar é dividida pelas organizações de acordo com o histórico das suas capturas", disse recentemente o secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, à agência Lusa. O governante espera ter em maio novos dados que permitam tomar uma decisão final sobre a quota anual da pesca da sardinha. "A expectativa, neste momento, é de que a captura seja idêntica à do ano anterior, mas continuamos a recolher informação", disse Pinto de Abreu.
Desde 20 de setembro de 2014 que a pesca da sardinha esteve suspensa, primeiro, devido à proibição de captura por esgotamento da quota, e depois devido ao período de defeso biológico. O longo período de proibição foi compensado com a atribuição de subsídios aos pescadores, mestres e armadores num total aproximado de 4 milhões de euros. O defeso biológico decorre entre 1 de janeiro e 28 de fevereiro para os pescadores que não aderiram à cessação temporária, e entre 15 de janeiro e 15 de março para os que receberam as compensações. Após o período de defeso, está estabelecida uma quota inicial de 4.000 toneladas entre março e maio, mas falta fixar a quota total disponível para 2015.
Após mais de meio ano de paragem das traineiras, a sardinha regressou hoje à lota da Figueira da Foz.
“Temos um sentimento positivo, ou seja, temos a esperança de que seja uma boa safra, mas não dispomos de estudos académicos para podermos aferir o impacto da paragem forçada para a reposição dos stocks”, declarou António Miguel Lé, presidente da Cooperativa de Produtores de Peixe Centro Litoral, ao DIÁRIO AS BEIRAS. E acrescentou ainda: “vivemos na ansiedade em relação ao impacto negativo que se criou em torno da sardinha. No imediato, temos algumas reservas”.
Todavia, o armador figueirense admitiu que a paragem para a desova contribuiu para o aumento dos juvenis da espécie. 

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