Luís Leal |
Recorde-se que Luís Leal foi presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, eleito pelo PSD até 2013. Por ser o vogal proveniente do distrito de Coimbra ficará a trabalhar no porto da Figueira da Foz.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Luís Leal |
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As vezes acho que estás a brincar com os leitores. Se fosses presidente ou responsavel de uma instituição, penso que irias escolher pessoas da tua confiança. Será que estou errado?
ResponderEliminarAo contrário do que eventualmente poderá pensar o anónimo, tenho uma grande consideração e pena dos “boys”.
ResponderEliminarSei que é uma fraqueza mas sou assim: o meu sentimento de solidariedade leva-me a ter estima pelo mais fracos e pelos que mais sofrem... E os chamados “boys” estão nesta situação - na nossa classe política são a “ralé”.
Ao contrário do que muita gente pensa, não é fácil ser boy. Mais difícil ainda, é manter-se boy.
Num dia podem estar felizes - eram assessores e amigos de um qualquer Seguro, Costa, Santana, Coelho, Cavaco, Ataíde... - e, no outro, podem estar desempregados e sem amigos no poder.
Aliás, a vida difícil dos boys começa antes de o ser...
Tudo tem início quando têm que apostar em que partido e em que políticos desse partido devem apostar. Se apostam no partido errado, estão feitos ao bife. Se apostarem no partido vencedor nada garante que estão garantidos: o político a quem andaram a escovar e a dar graxa, pode ficar-se por um lugar de deputado na última fila ou vereador sem pelouro...
Os boys – e eu conheço alguns - são dos que mais sofrem no “mercado de trabalho político”, dos que mais estão sujeitos à mobilidade: se não souberem mudar de partido no momento certo, a sua longevidade pode ser curta. Passam horrores com a precaridade laboral, sofrem de doenças profissionais com destaque para os bicos-de-papagaio provocados pelos maus tratos a que a coluna vertebral é forçada, são obrigados a desempenhar funções pouco dignas como, por exemplo, a de pitbull do dono.
Acresce, ainda, que não é verdade que todos sejam privilegiados. Há boys de primeira e boys de segunda. Se, por um lado, há os que chegam a administrador de institutos ou assessores em Lisboa, por outro, também os que não passam de humildes assessores de presidentes ou vereadores da província...
Sendo assim, até para o anónimo, dada a consideração que tenho pelos boys, é fácil e simples de concluir que preferia escolher os meus colaboradores pelo critério da competência e honestidade intelectual e não pela fidelidade canina..
O sr Pedro já deve ter ficado bem esclarecido.
ResponderEliminarSem querer ser "anti boy",pois a vida está difícil e a concorrência aperta deixo-lhe duas frases que aprecio muito e que seriam meu lema, na boyada...
A primeira de Medeiros Ferreira - " Não gosto da carreira, gosto da actividade política".
A segunda de Mota Pinto - "Gosto sempre de ter as chaves do carro no bolso".
Eu gosto muito de pensar por mim.
Com cordialidade.
O grande Zeca,o Afonso, tinha uma tirada magnífica:"sou o meu próprio comité central".
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