António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 28 de março de 2015
Porque também é acima da minha capacidade de entendimento...
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Sem me querer colocar em bicos de pé, mas ontem tinha colocado este texto:
ResponderEliminar“No dia Teatro a na casa da democracia portuguesa houve uma importante votação: apoiar o jornalista angolano Rafael Marques. Este Homem tem denunciado com coragem e risco os negócios ilícitos de governantes angolanos.
Resultado da votação: Bloco de Esquerda e cinco deputados socialistas a favor. Resto do Parlamento, contra!
E o povo,pá?
Têm fome? Comam brioche (como respondeu a rainha francesa).
Estávamos nas vésperas da Revolução Francesa.
E passa mal o povo angolano...
Mas em Portugal quem clama pelo povo também tem telhados de vidro. Pois...
Nestes dias todos os partidos estão dominados pela miopia das folhas de cálculo e das sondagens.
Sejamos universalistas e plurais na intransigente defesa dos valores da liberdade e da democracia.”
Hoje, subscrevo em absoluto as palavras do autor deste blog.
Como perceber, entender, compreender que um partido que dedicou o seu caminho “na esperança e na luta pela liberdade”, aplique leis de 1ª e 2ª divisão na defesa da liberdade e do bem-estar dos povos? Apelos e acções de apoio ao povo cubano, são quase diárias. E o povo angolano, pá? É o lado da política que me desagrada. Acreditam que a política se resume a troca de favores e de dotes.
Não entendi os comentários de Miguel Tiago à vitória do Syriza, acho “feio” Rita Rato afirmar que “desconhecia” os Gulag. E por aqui, pois já ando nestas coisas há muitos anos, no antes e no depois da “gloriosa e libertadora madrugada”.
É esta linha na areia que nos separa, camaradas.
Liberdade de análise e liberdade de acção são o ar que respiro. E termino com o grande Zeca: “Gosto de ser o meu comité central”.
Sejamos universalistas e plurais na intransigente defesa dos valores da liberdade e da democracia.