Ontem, como poderemos ver clicando aqui, citando o
jornal AS
BEIRAS, demos
conta que a Comissão Política Concelhia do PSD enviou facturas no
valor de cerca de quatro mil euros para o Conselho de Jurisdição do
partido, por não ter dinheiro para as liquidar. Por sua vez, os
credores preparam-se para exigir o pagamento pela via litigiosa. As
dívidas foram assumidas durante os mandatos de Lídio Lopes e
referem-se a material de campanha das eleições intercalares para a
Junta de Freguesia de Quiaios, realizadas em 2010.
Num
país em que a desconfiança com as contas partidárias é mais do
que muita, tudo isto confirma o que é dito nos bastidores das campanhas: “os partidos
não conseguem fazer o controlo das suas estruturas internas”.
Mais
grave ainda: alguém acredita que uma auditoria pode dizer que as
contas estão bem, se o próprio partido não consegue explicar o que
esta ou aquela estrutura gastaram, como este caso no PSD/Figueira
comprova.
Dando
o benefício da dúvida, até queremos acreditar que os
partidos têm feito um esforço, embora não “totalmente
conseguido”.
O problema, pelos vistos, tem de passar pela
responsabilidade dos mandatários locais, os quais se têm de
recusar, a bem da transparência, a assumir as engenharias
financeiras correctoras feitas e que lhes podem custar pena de
prisão.
Hoje em dia, qualquer um de nós, por mera curiosidade,
pode ir ver as contas das diversas campanhas, pois elas estão
online a partir de 2005.
Foi o
que eu fiz – neste caso fui aqui e verifiquei que tudo, aparentemente, está na mais
perfeita ordem!..
Está lá tudo: o total das despesas e o total dos rendimentos, quem contribuiu para
a obtenção das receitas e o saldo final (€ 0).
Ou isto é real e sério...
Ou então, toda esta história de apresentação de contas pelos partidos ao Tribunal Constitucional, não passa de uma farsa para cumprir calendário...
O que, a ser verdadeiro, seria lastimável...
Por falta de tempo, não oportunidade de comentar este excelente "trabalho de casa" do autor do blog.
ResponderEliminarNa verdade, como dizia o anúncio televisivo: "o algodão não engana", e a folha Excel não deve estar a bater bem, lá para os lados da concelhia do PPD.
É sempre bom saber que nas grandes causas os partidos do centrão entendem-se.
A austeridade, antes de chegar à vida da maioria das pessoas, atingiu a ética de boa parte da nossa classe política.
Entretanto, lembrei-me da Cantata da Paz, da Sophia de Melo Breyner, “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”.
Mas, como sabem, os poetas não sabem das coisas da vida, são uns fingidores.
Nós, vemos, ouvimos e lemos e não vamos ignorar.