OUTRA MARGEM: O banqueiro Ulrich

António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz

quarta-feira, 18 de março de 2015

O banqueiro Ulrich

Ontem, assisti em directo do Parlamento o dr. Ulrich dizer "que votou no PSD e provavelmente votará outra vez” e “não consegue aceitar que isto foi tudo ao lado do Governo e que foi o Banco de Portugal que fez tudo sozinho".

Ouvi-o também dizer que não percebe o porquê do seu banco ter de assumir eventuais prejuízos resultantes da forma de resolução adoptada para o caso BES.

Inteligente como é, porém, deverá ter percebido perfeitamente o porquê do seu banco ter recebido dinheiro do contribuinte português para cumprir os rácios a que estava obrigado durante a fase mais problemática da crise.

Mas, isso, ontem, não o disse...

1 comentário:

A Arte de Furtar18 março, 2015 08:35
Regra umero 1: nunca dizer a verdade, toda...
Regra número 2: a culpa é sempre dos contribuintes. Viveram acima das suas possibilidades.
Regra número 3: Eu sou o Inteligente!
Regra número 4. Paguem e aguentem.
As casinhas da Comporta vão continuar para nós brincarmos aos "pobrezinhos", só mudam os locatários.
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