As pessoas estão de tanga, mas o país
do governo está de cofres cheios!
Contudo, não devemos desesperar: os "salvadores da pátria" já estão de volta a Portugal para resolverem
todos os nossos problemas.
Claro que nos vão pedir algo em troca
– primeiro, o voto; e, depois, a habitual apatia, resignação e
compreensão por irem tratar apenas das suas vidinhas...
Depois das eleições, mais uma vez, os
portugueses (tirando a minoria do costume), assustados (num país
como o nosso, ser apanhado de tanga é sempre confrangedor), vão
engolir e suportar, mais uma vez, tudo.
Paciência, paciência, tudo se vai
resolver, vão dizer-nos, mais uma vez os “salvadores da pátria”.
Se assim acontecer – o que é provável - sou obrigado a reconhecer
que os portugueses, podem momentaneamente perder a a paciência, mas
continuam - digamos assim eufemisticamente - a não primar pela atenção e
inteligência.
Lá para o final deste ano, depois de
tempos duros, a que se seguiram tempos duríssimos, virão tempos ainda
mais duríssimos.
O país, ao contrário do que nos
querem fazer crer, está muito pior do que quando era governado por um
primeiro-ministro que agora está detido preventivamente em Elvas!
Para já, pelo menos para mim, neste domingo de manhã, estou a
viver uma pequena alegria. Ontem, Benfica e Porto esbarraram: um perdeu
e o outro empatou. O Sporting, se ganhar hoje, aproxima-se
dos dois...
E o que é um país governado por esta
gente que lá está, e foi lá posta pela maioria dos portugueses, comparado com o futebol?
O que são as contas públicas, a falta de saúde, a escassez de educação, a carência de emprego, comparadas com o futebol?
É o futebol que nos redime. Que se
lixe o défice de cidadania!
“No final do terceiro trimestre de 2014, Portugal era o terceiro país da zona euro com a dívida pública mais elevada, a seguir à Grécia e Itália, revelam dados do Eurostat.”
ResponderEliminarDiário Económico 22 janeiro 2015
Façamos a associação desta notícia de Janeiro com as recentes palavras da ministra Maria: Se os cofres estão cheios é com o dinheiro roubado aos que vivem do seu trabalho, para pagar uma dívida que não é deles e que não foi criada por eles. Finalmente vamos dar conta, e confirmar, que isto anda tudo ligado.
Viver acima das possibilidades é gabar-se de ter o pote cheio graças ao endividamento que não deixa de crescer (agora vamos aos mercados dia sim, dia não) e ao confisco que não cessa de ser infligido aos cidadãos enquanto a dívida pública continua a aumentar para percentagens nunca vistas.
Esta conversa da Dª Maria é bem o tipo de argumentos “subterrâneos”, invocados por muitos, para defenderem que estávamos melhor no tempo do Estado Novo. Sempre a mesma tecla de dizerem que se Salazar tinha os cofres cheios e havia reservas de ouro, é porque o governo era bom e poupadinho. A pobreza extrema, as perseguições políticas, o Tarrafal, a censura, eram apenas pormenores que em nada beliscam a “grandeza de Salazar”.
Como vivemos num País de costumes aparentemente brandos a resposta virá com a onda abstencionista por descrédito político, uma parede de lamentos que anunciam o fim dos tempos que correm.
O país mudou muito depois do 25 de Abril, mas o tuga não!
“ESTAMOS FEITOS…COM ESTES PERSONAGENS DOS JOGUINHOS DE ALTERNÂNCIAS”!…