António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 22 de março de 2015
Eu, sportinguista, me confesso...
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
“No final do terceiro trimestre de 2014, Portugal era o terceiro país da zona euro com a dívida pública mais elevada, a seguir à Grécia e Itália, revelam dados do Eurostat.”
ResponderEliminarDiário Económico 22 janeiro 2015
Façamos a associação desta notícia de Janeiro com as recentes palavras da ministra Maria: Se os cofres estão cheios é com o dinheiro roubado aos que vivem do seu trabalho, para pagar uma dívida que não é deles e que não foi criada por eles. Finalmente vamos dar conta, e confirmar, que isto anda tudo ligado.
Viver acima das possibilidades é gabar-se de ter o pote cheio graças ao endividamento que não deixa de crescer (agora vamos aos mercados dia sim, dia não) e ao confisco que não cessa de ser infligido aos cidadãos enquanto a dívida pública continua a aumentar para percentagens nunca vistas.
Esta conversa da Dª Maria é bem o tipo de argumentos “subterrâneos”, invocados por muitos, para defenderem que estávamos melhor no tempo do Estado Novo. Sempre a mesma tecla de dizerem que se Salazar tinha os cofres cheios e havia reservas de ouro, é porque o governo era bom e poupadinho. A pobreza extrema, as perseguições políticas, o Tarrafal, a censura, eram apenas pormenores que em nada beliscam a “grandeza de Salazar”.
Como vivemos num País de costumes aparentemente brandos a resposta virá com a onda abstencionista por descrédito político, uma parede de lamentos que anunciam o fim dos tempos que correm.
O país mudou muito depois do 25 de Abril, mas o tuga não!
“ESTAMOS FEITOS…COM ESTES PERSONAGENS DOS JOGUINHOS DE ALTERNÂNCIAS”!…