foto António Agostinho. Mais fotos aqui. |
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 24 de março de 2015
A freguesia de S. Pedro continua a desaparecer
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Hoje é um dia triste para Portugal, com a morte de Herberto Hélder.
ResponderEliminarPoeta fascinante,poeta obscuro e assumidamente ausente de manifestações culturais de natureza oficial.
A minha geração cresceu com Herberto, repetindo versos irrepetíveis...
Mas,é também de LUTA!
O autor deste blog tem feito um trabalho cívico e de cidadania ímpar na defesa da sua terra, mas sobretudo na defesa das pessoas da sua terra.
Na defesa da costa e de um concelho que merecia mais e melhor.
Acompanho este blog faz tempo.
Só recentemente decidi passar a inserir comentários.
Nunca senti especial apetência para escrever em blogs e não uso Facebook ou qualquer outro meio “moderno” de interligação entre pessoas (ainda chego ao mail..).Sou da geração do papel-jornal!
No entanto, há momentos em que temos que nos juntar à corrente que grita BASTA!
Neste contexto, é doloroso assistir ao abandono, doloso, a que está a ser votada a costa sul do concelho.
«A medo vivo, a medo escrevo e falo, / hei medo do que falo só comigo; / mas ainda a medo cuido, a medo calo..”.
O lamento do poeta António Ferreira retrata bem a doentia atmosfera cívica e intelectual em que Portugal ia mergulhando, com o progressivo reforço dos poderes da Inquisição, desde o seu estabelecimento, em 1536.
Não te cales, BLOG “Outra Margem”!