foto de Pedro Agostinho Cruz sacada daqui |
O rumo dos acontecimentos e a situação
política local no momento que passa, têm colocado na ordem do dia
uma série de questões sobre a suficiência ou insuficiência da
“indignação” e, mais profundamente, sobre as perspectivas de
uma transformação democrática radical das relações de poder na nossa cidade.
Segundo li no jornal AS BEIRAS, o engº
Daniel Santos, que em 2009 encabeçou a lista da Figueira 100% à
autarquia figueirense, disse que este movimento
independente poderá regressar ao activo.
“Neste momento encontra-se em estado
de hibernação, na expectativa de, eventualmente, poder retomar um
papel activo na política autárquica da Figueira da Foz”.
Em 2009, cerca de seis mil eleitores
figueirense votaram no movimento.
Estes votos permitiram-lhe eleger dois
vereadores, cinco deputados municipais e vários lugares para
assembleias de freguesia.
Passados cerca de 6 anos, este
movimento, pelo menos aos meus olhos, aparece como “100% emotivo”.
Na minha opinião, se a emoção serve para destruir, ela é especialmente incapaz de
construir o que quer que seja.
É relativamente fácil colocar muitas pessoas de acordo quanto ao que
rejeitam, mas teríamos inúmeras respostas diferentes se lhes
perguntássemos o que pretendem.
A emoção é “líquida”, ferve facilmente, mas também arrefece passado pouco tempo.
A emoção é “líquida”, ferve facilmente, mas também arrefece passado pouco tempo.
A emoção é instável e inadequada
para dar forma a algo de coerente e duradouro, como se viu com os
100% em 2013, e propensa à hibernação.
Eu, se fosse ao eng. Daniel Santos,
pessoa por quem, aliás, tenho amizade e respeito, no actual contexto político local pensava melhor
antes de dar o passo seguinte...
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