"Diz que é uma espécie de socialismo.
A partir de hoje, quem tenha carro de pobre deixa de poder circular no centro de Lisboa.
Diz que é uma espécie de ecologia.
A menos que seja por exemplo um táxi, e então já pode.
A ideia não será, portanto, modernizar a frota de táxis da capital do nosso turismo, pelo menos para já, o que até faz um certo sentido.
Bem vistas as coisas, observar uma cidade cheia de casas a cair de maduras da janela de um táxi a cair de maduro tem a sua coerência. Mas para já, para já, a mensagem é: “se queres circular em Lisboa, faz-te rico e compra um carro como deve ser, que nos transportes públicos também não te safas, para além de serem caríssimos, também podem poluir à vontade, estão excepcionados”.
Não se zanguem. É pelo ambiente, e tudo o que é pelo ambiente é bom.
Para além do mais, este resumo desta medida do Costa autarca é em tudo igual a este outro das soluções propostas pelo António Governante: “se Portugal quer resolver o problema da dívida, que cresça e se torne um país como deve ser”.
Cá está ela outra vez, a coerência. O homem gosta de nos mandar enriquecer. Não tem nada de mal, pois não? Cheira bem, cheira a Lisboa. Uma capital sem pobres.
É boa ideia."
Texto: O país do Burro
Título: Outra Margem
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