"Sem dispor de qualquer informação que não seja rigorosamente a que tem vindo a público, considero que Miguel Macedo tomou a decisão correcta. Por muito que seja completamente alheio aos factos em investigação, as suspeitas que existem sobre pessoas que lhe são próximas constituiriam sempre um factor de fragilização da sua posição como ministro. É bom registar que se recuperam padrões de conduta política que sobrepõem o interesse do país e a respeitabilidade das instituições ao interesses pessoais, às agendas de grupo e às solidariedades de percurso. Se de facto Miguel Macedo não tem qualquer responsabilidade no caso dos "Vistos Gold", acaba de dar uma lição de conduta politicamente responsável. Mas, ao contrário do que já vi dito, esta não se dirige a Nuno Crato, nem a Paula Teixeira da Cunha. A lição vai direitinha para Passos Coelho que não soube, em casos como o de Miguel Relvas, colocar a credibilidade das instituições acima dos seus vínculos pessoais."
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