quinta-feira, 6 de novembro de 2014
O «populismo», em Portugal, não se resume a Marinho e Pinto...
Os jornalistas sempre levaram o Marinho e Pinto ao colo.
Dá um bom boneco e os jornalistas gostam disso.
Por isso, aparece, tantas vezes, a dizer coisas singelas que toda a gente percebe - Marinho e Pinto diz em público aquilo que toda a gente diz em casa, no café, no restaurante, no cinema, nos transportes públicos, no futebol e no trabalho.
Por vezes, falou até do que, aparentemente, nem queria saber. Estou a recordar-me, por exemplo, do caso Casa Pia...
Tal como em França e em Espanha, com Marinho e Pinto o «populismo» parece também estar na rua em Portugal.
Depois de ler a crónica acima, entendi as preocupações do Rui Curado da Silva, mas, a meu ver, o assunto é mais grave e mais profundo e tem a ver com a qualidade da democracia: que distingue o «populismo» de outras vitórias eleitorais – digamos assim para simplificar - mais ortodoxas?
Se o «populismo» é o fenómeno político que caça votos em troca de promessas demagógicas, falsas e irrealistas, em que sentido não foi a vitória de Passos Coelho em 2011 uma vitória «populista»?
E a de Sócrates em 2009?..
E a de Santana Lopes na Figueira em 1997?
E as de Ataíde em 2009 e 2013?
E a da semana passada do PS em S. Pedro?
E a putativa de Costa em 2015?
Entre as palavras e os actos, deveriam valer os actos...
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