segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A reforma...

A prioridade continua a ser o défice. 
Continua a não haver vida para além do défice. 
Todavia, o Estado continua a debater-se com enormes problemas financeiros.
Continua a haver derrapagem da despesa pública. 
As receitas dos impostos, principalmente de quem trabalha, aumentaram. Continuam a ser necessários os sacrifícios, porque estas coisas da economia apenas fazem efeito a médio prazo...
Em 2002, já lá vão 12 anos, com o PSD então no governo, foi este o discurso que deu origem a uma subida da taxa do IVA de 17 % para 19 %. 
Na altura, disseram-nos que seria temporário e logo que a economia começasse a acelerar o seu crescimento, a taxa seria reposta ao valor anterior. 
A medida, criticada na altura pelo PS, e pelo próprio governador do Banco de Portugal, resultou numa diminuição do consumo privado e inerente crescimento da economia a taxas negativas no ano de 2003.
Em 2005, com o mesmíssimo discurso com que se justificou a subida de 2002, a taxa do IVA passou de 19 % para 21 %.
Em 2002, disseram-nos que seria temporário, em 2005 disseram-nos que duraria no máximo até 2008, mas com a garantia de que assim que a economia começasse e a apresentar um crescimento robusto, a taxa seria reposta em 19 %.
Em 2014 é o que sabemos: o IVA está nos 23%...
O problema, dizem-nos, é a despesa pública. E medidas concretas para descer a despesa pública não existem, dizem-nos...
Esperar do PS, do PSD e do CDS, claro, que reformem o Estado, é algo como acreditar que, como dizem na Aldeia, uma doença má se cura sozinha.
E há medidas tão fáceis e tão simples...
Para reformar o Estado, bastaria que o PSD, o PS e o CDS, claro, se dispusessem a expurgar a administração pública, local, regional e nacional, dos milhares de boys e girls que lá colocaram ao longo de 40 anos. 

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