“A minha sorte na tropa foi ser barbeiro, senão tinha batido com os costados em África.” |
O «meu» barbeiro foi entrevistado!..
"Junto à estrada, a barbearia São Pedro excita a curiosidade – gosto de barbeiros, bons conversadores de ofício e normalmente bons “pisteiros” para a história e as histórias de cada terra.
Lá dentro, Olímpio Fernandes, homem de viçosos e pouco cansados 74 anos, recebe-nos com bonominia: “Ah, jornalistas, eu sempre fui jornalista amador, coitadinho de mim.”
Coitadinhos de nós todos, caro Olímpio, amadores do jornalismo, mais valia a navalha e o pincel de barbear que é ofício mais certo no soldo e nas boas histórias que passam na cadeira onde se dão as melhores entrevistas – a cadeira do barbeiro.
Foi exactamente isso que fiz, sentei-me ali, na mesma almofada coçada onde os pescadores e os pecadores de São Pedro desfiam as suas glórias e misérias e recordam a bravura de um mar que também é morte: “Aqui ouvi grandes histórias de homens que enfrentaram a morte no seu quotidiano. Isto é terra de pescadores e de gente rija, mas que aqui na cadeira do barbeiro faz o seu desabafo.” Mas desta vez, a história honra o barbeiro e não o cliente aventureiro. O barbeiro Olímpio Fernandes, antigo cabeleireiro de senhoras, jornalista amador, blogger, homem inquieto e por isso cidadão activo e figura das terras de São Pedro e além-mar."
Lá dentro, Olímpio Fernandes, homem de viçosos e pouco cansados 74 anos, recebe-nos com bonominia: “Ah, jornalistas, eu sempre fui jornalista amador, coitadinho de mim.”
Coitadinhos de nós todos, caro Olímpio, amadores do jornalismo, mais valia a navalha e o pincel de barbear que é ofício mais certo no soldo e nas boas histórias que passam na cadeira onde se dão as melhores entrevistas – a cadeira do barbeiro.
Foi exactamente isso que fiz, sentei-me ali, na mesma almofada coçada onde os pescadores e os pecadores de São Pedro desfiam as suas glórias e misérias e recordam a bravura de um mar que também é morte: “Aqui ouvi grandes histórias de homens que enfrentaram a morte no seu quotidiano. Isto é terra de pescadores e de gente rija, mas que aqui na cadeira do barbeiro faz o seu desabafo.” Mas desta vez, a história honra o barbeiro e não o cliente aventureiro. O barbeiro Olímpio Fernandes, antigo cabeleireiro de senhoras, jornalista amador, blogger, homem inquieto e por isso cidadão activo e figura das terras de São Pedro e além-mar."
Para continuar a ler a entrevista de Rui Pelejão, ao "Olímpio, o barbeiro de Ernest Hemingway", basta clicar aqui.
Gostei. Afinal o Olimpio é um homem feliz e realizado, pese embora descontente com a política.
ResponderEliminarÉ a sua vida e a sua "circunstância" de ser um bom barbeiro/cabeleireiro,de ser filósofo, de ter feito pela vida, de não ir "bater com os costados em África" e de ter tido um bom comandante na tropa. Afinal ainda há boas pessoas e histórisa bonitas!...
Gostei muito desta entrevista. Não conheço pessoalmente o sr. Olímpio, mas tenho muita simpatia pelo que às vezes "agarro" dele na Net, e, repito, gostei muito da entrevista.
ResponderEliminarUm abraço para si, Agostinho, e outro para o Olímpio, se o meu amigo não se importa de lho entregar.
J. Silva Cascão
Agradeço e retribuo o abraço. O Olímpio, neste momento, está de férias. Logo que chegue, o abraço do Maestro será entregue.
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