O
silêncio, aqui pela Aldeia, é considerado um atributo, uma
qualidade – no fundo uma mais valia.
É uma vantagem considerável.
Tal, presumo, deve decorrer do mistério que quase inevitavelmente resulta do silêncio.
É uma vantagem considerável.
Tal, presumo, deve decorrer do mistério que quase inevitavelmente resulta do silêncio.
Falar
e - pior ainda – escrever é, frequentemente, considerado um
erro.
Saber dizer pouco ou nada deve ser uma arte superior.
Saber dizer pouco ou nada deve ser uma arte superior.
Nunca
falar, porém, parece-me arrepiante.
Quem está calado deve estar a pensar. E deve ser sábio...
Quem está calado deve estar a pensar. E deve ser sábio...
Estas
ideias, superficiais, porém, tanto poderão estar certas como erradas.
Nem sempre, contudo, a admiração pelos esfíngicos se justifica.
Por vezes, quando um desses seres se decide finalmente a falar, a surpresa pode ser geral.
Nem sempre, contudo, a admiração pelos esfíngicos se justifica.
Por vezes, quando um desses seres se decide finalmente a falar, a surpresa pode ser geral.
Por
isso, o verdadeiro mestre do silêncio é aquele que domina a
palavra.
E que a usa no momento próprio.
E que a usa no momento próprio.
Há
pessoas destas na
Aldeia,
que são desvalorizadas por muitos, desprezadas por alguns e menosprezadas por outros.
Depois
acontece a surpresa!..
Não são muitas as pessoas que se podem gabar
de ter,
com uma só entrevista de jornal, ter
contribuído
para dissolver um executivo de uma junta de freguesia e provocado
eleições antecipadas.
Presumo que a sua reputação raramente esteve tão sólida.
É legítimo, portanto, que
aspire ao que tem direito: à presidência.
Quem
olha para ele recorda o desastroso passado recente.
Por mim tenho, pelo menos, duas duvidas: 1 - Se conseguirá ter autonomia para organizar uma Aldeia em segunda edição?
2 - Se terá capacidade para presidir com independência, competência e sem atritos ou quezílias?
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