Nesta altura, presumo que anos 70 do século passado, embora a pressão imobiliária já se pressinta ao fundo na volumetria da
construção, ainda não dava para imaginar o pesadelo urbanístico de que estas avenidas - 25 de Abril e Brasil - viriam a ser vítima nos dias que passam.
Estas avenidas figueirenses, hoje, são o espelho de um Portugal que abdicou do planeamento urbanístico. Tal como um pouco no resto do País, também na Figueira, tudo passou por "operações tipo uma bolsa de valores", com "os terrenos a valerem em função do seu proprietário".
O denominado caso Galante é um exemplo disso.
E tudo poderia ter sido diferente e tudo poderia ter sido evitado.
Na Figueira, tal como no resto do país, tinha bastado um "planeamento simples e claro", um "licenciamento simplificado, automático ou quase inexistente", que responsabilizasse construtores, urbanistas, arquitectos e autarcas... E uma "fiscalização aleatória".
Mas, para isso, era necessário que os os tribunais e a Inspecção-Geral da Administração Local funcionassem e outra postura dos políticos - os políticos passaram a ser "mandantes, caciques" do "poder económico".
E, entretanto, pelo caminho foi enriquecendo muita gente.
Mas, isso, é uma história que, talvez, quem sabe, ainda um dia venha a ser escrita...
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