fotos sacadas daqui
...em Janeiro de 1977 (O Jornal de 28.1.1977) entrou a Coca-Cola em Portugal e pela primeira vez alguns puderam provar a "água suja do imperialismo". |
Mário Soares era Primeiro-Ministro e Henrique Medina Carreira ocupava o cargo de Ministro das Finanças.
Dizia
o primeiro ministro de então, ao Diário de
Notícias.
"Sou
partidário de uma sociedade totalmente aberta e livre, em que se
assegurem largamente os direitos humanos, mas não pode haver
tolerância com a criminalidade, mesmo que esta se oculte sob o
pretexto falacioso da razão política".
O
povo andava entretido e, numa "alocução ao País em 28/02/77,
o "nosso" primeiro de então expressava a ideia do seu País.
"Nós
não queremos, em Portugal, constituir ou criar uma sociedade de
burocratas, uma sociedade de homens que vivem à mesa do Orçamento e
à sombra do Estado. Queremos, em Portugal, criar uma sociedade de
homens livres que tenham a capacidade de iniciativa própria, capazes
de contribuir para a riqueza nacional".
Já nessa altura o problema era o "pilim". Portanto, nada melhor que uma
crise - mas isso foi em 1977.
"Não
nego que exista uma crise em Portugal, crise que, no seu aspecto
fundamental - o aspecto económico - poderá sintetizar-se em três
tópicos: défice da balança de pagamentos, inflação, isto é
aumento do custo de vida e do desemprego"(Comunicação
ao País em 07/06/1977).
1977,
tempo de dificuldades que, felizmente, agora foi ultrapassado.
E, "felizmente", foi ultrapassado através de uma reforma
profunda das mentalidades, uma das principais causas para o nosso
atraso e para a falta de produtividade...em 1977...
Os
alicerces fundamentais do Portugal moderno foram, erguidos nesse
tempo por Mário Soares.
Hoje,
como todos sabemos, respira-se um ar saudável.
“Um quarto da riqueza de Portugal está nas mãos de 1% da população”!..
Conclusão e moral desta «estória»: afinal, o peso da fortuna dos mais ricos ainda é maior do que se julgava, conclui um estudo publicado esta semana no site do Banco Central Europeu.
Desde a neoliberalização inciada nos anos oitenta que tem sido um fartote neste país, revertendo-se progressivamente os efeitos igualitários da economia política do 25 de Abril. Os resultados estão à vista e ilustram aquilo que cada vez mais estudos indicam: as sociedades mais desiguais têm mais problemas socioeconómicos.
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