Tudo começou a 15 de Maio de 1959, com o concurso público para arrematação da empreitada das obras exteriores do porto da Figueira da Foz.
“Entre o progresso e a decapitação da beleza natural”, decidiu-se pelo progresso.
Recordemos, a entrevista dada por Pinheiro Marques à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008. Para ler melhor, basta clicar nas imagens.
Caro António:
ResponderEliminarJá tive a oportunidade de colocar na minha página do facebook o post que abaixo transcrevo.
- O Engº Redondo, da Câmara Municipal, vaticinava no Plano Regulador da Cidade em 1962, que, “Por virtude das obras do porto… crescerá a praia de tal modo que venhamos a ter, até ao mar, um areal imenso, desértico, incómodo e impróprio para veraneio, perdendo deste modo a Figueira da Foz o seu principal motivo de atracção?”... -
Aliás o meu amigo teve a amabilidade de o transcrever na íntegra.
É sempre bom recordar que, afinal, já estava tudo previsto.
Não sendo a situação criada da responsabilidade dos actuais dirigentes políticos, o problema reside na forma ligeira como certos responsáveis pretendem agora tratar o assunto.
Não será pior a "emenda que o soneto"?
A Figueira tem sido uma vitima da "forma ligeira como certos responsáveis trataram os assuntos"...
ResponderEliminarO oásis, a meu ver, é disso um monumento que fala por si...
Mas vamos ao que interessa. Apesar de algumas vozes discordantes – principalmente de homens ligados e conhecedores do mar e da barra da Figueira – foi concluído o prolongamento do molhe norte.
Os resultados, infelizmente, estão à vista: o ano passsado morreram seis pessoas à entrada desta nossa barra.
As dragagens realizadas na enseada, na barra e no rio, na opinião de Manuel Luís Pata – velho e teimoso lutador contra as obras que têm sido feitas, nomeadamente o prolongamento do molhe norte, a que chama a obra “madastra”, fazendo alertas para o que iria acontecer – são a “principal causa da assustadora erosão da costa marítima, principalmente e S. Pedro de Moel para o norte”.
Ao contrário de Leixões, cujo molhe está curvado a sul, mas está construído em local fundo, onde por isso o mar não rebenta, na foz do Mondego, devido ao constante assoreamento provocado pelas areias que vêm do norte, o mar rebenta mesmo à saída da barra, tornando-a na opinião de muitos pescadores com quem convivemos todos os dias, neste momento, a pior barra do país para os pequenos barcos de pesca.
Nem temos barra e nem temos praias... A norte é o deserto; e a sul não há areia... Espero que não caiam na asneira de construir nenhuma estrutura fixa no areal da Figueira...