Tudo começou a 15 de Maio de 1959, com o concurso público para arrematação da empreitada das obras exteriores do porto da Figueira da Foz.
“Entre o progresso e a decapitação da beleza natural”, decidiu-se pelo progresso.
O porto fluvial foi a aposta. Com a “construção dos molhes de protecção da barra”, veio a “melhoria da segurança no acesso às zonas portuárias" e o “aumento, embora gradual, na movimentação de mercadorias”.Mas em “contrapartida, a outrora praia vê-se transformada, ao longo dos anos Setenta, num depósito gigante de areia.”Surgiu o dilema: “Turismo ou desenvolvimento comercial”.E o vencedor foi “o elo mais forte”. Morreu “o que havia feito sobreviver a cidade após o declínio comercial de finais do século XIX. De Rainha das praias transformaram-na em Praia da Claridade. De Praia da Claridade, num amontoado inestético de areia."
Contudo, isto não ficou assim: o molhe norte do porto comercial da Figueira da Foz cresceu mais 400 metros.
Entretanto, a Figueira continua com o futuro adiado.
Mas, não foi por falta de alertas que este desastre ambiental aconteceu.
Recordemos, a entrevista dada por Pinheiro Marques à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008. Para ler melhor, basta clicar nas imagens.
Entretanto, tudo indica que vamos ter na Figueira mais uma polémica. Antes que seja tarde, fica aqui a solução apontada em devido tempo.
Recordemos, a entrevista dada por Pinheiro Marques à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008. Para ler melhor, basta clicar nas imagens.
Caro António:
ResponderEliminarJá tive a oportunidade de colocar na minha página do facebook o post que abaixo transcrevo.
- O Engº Redondo, da Câmara Municipal, vaticinava no Plano Regulador da Cidade em 1962, que, “Por virtude das obras do porto… crescerá a praia de tal modo que venhamos a ter, até ao mar, um areal imenso, desértico, incómodo e impróprio para veraneio, perdendo deste modo a Figueira da Foz o seu principal motivo de atracção?”... -
Aliás o meu amigo teve a amabilidade de o transcrever na íntegra.
É sempre bom recordar que, afinal, já estava tudo previsto.
Não sendo a situação criada da responsabilidade dos actuais dirigentes políticos, o problema reside na forma ligeira como certos responsáveis pretendem agora tratar o assunto.
Não será pior a "emenda que o soneto"?
A Figueira tem sido uma vitima da "forma ligeira como certos responsáveis trataram os assuntos"...
ResponderEliminarO oásis, a meu ver, é disso um monumento que fala por si...
Mas vamos ao que interessa. Apesar de algumas vozes discordantes – principalmente de homens ligados e conhecedores do mar e da barra da Figueira – foi concluído o prolongamento do molhe norte.
Os resultados, infelizmente, estão à vista: o ano passsado morreram seis pessoas à entrada desta nossa barra.
As dragagens realizadas na enseada, na barra e no rio, na opinião de Manuel Luís Pata – velho e teimoso lutador contra as obras que têm sido feitas, nomeadamente o prolongamento do molhe norte, a que chama a obra “madastra”, fazendo alertas para o que iria acontecer – são a “principal causa da assustadora erosão da costa marítima, principalmente e S. Pedro de Moel para o norte”.
Ao contrário de Leixões, cujo molhe está curvado a sul, mas está construído em local fundo, onde por isso o mar não rebenta, na foz do Mondego, devido ao constante assoreamento provocado pelas areias que vêm do norte, o mar rebenta mesmo à saída da barra, tornando-a na opinião de muitos pescadores com quem convivemos todos os dias, neste momento, a pior barra do país para os pequenos barcos de pesca.
Nem temos barra e nem temos praias... A norte é o deserto; e a sul não há areia... Espero que não caiam na asneira de construir nenhuma estrutura fixa no areal da Figueira...