No
geral, gosto das crónicas de Rui Curado da Silva, de que, aliás, sou leitor assíduo.
São
simples, directas, objectivas e concisas. Habitualmente,
o que aprecio sobremaneira, vão directas ao óbvio.
É
o caso da que hoje publicou no jornal AS BEIRAS, “O
«evento» quotidiano”.
Fica um extracto.
“Permitam-me
ainda relembrar que há um “evento” quase diário que ocorre
durante os três meses de Verão em toda a costa do concelho, que é
a ida à praia.
É
um “evento” ecológico que não requer a contratação de
artistas estrangeiros ou de artistas pimba (tanto do agrado dos
nossos autarcas) e que dá de comer a muita gente, do vendedor de
bolachas americanas ao restaurante da moda. Requer apenas que sejam
contratados nadadores-salvadores em condições minimamente dignas
durante três meses, requer o pagamento de salários justos, o
estabelecimento de horários e condições de trabalho que não
envergonhem ninguém.
Não
me parece que esteja a ser dada a devida importância aos
nadadores-salvadores e ao “evento” quotidiano que assegura a
sobrevivência de muitos pequenos negociantes.
Sem
este “evento” os “12 eventos 12 meses” (ou 24 se quiserem)
poderão ficar ameaçados.
Já
agora não seria mau investir nas nossas praias para que outros
“eventos” se possam estender ao inverno, como é prática de surf
ou de desportos com velas, asas e paraquedas.”
O resto poder ser lido na edição impressa de hoje do jornal AS Beiras.
E, normalmente, também aqui...
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