“Tarefas
realizadas anteriormente por efectivos das multinacionais são hoje em
dia realizadas por empresas subcontratadas que pagam salários mais
baixos, oferecem menor
protecção social e geram uma instabilidade laboral que pode chegar
ao extremo do contrato
diário.
Por
vezes são os próprios ex-trabalhadores da multinacional que são
subcontratados realizando
exactamente o mesmo trabalho que realizavam antes, mas trabalhando
mais horas e ganhando consideravelmente menos que anteriormente.
Outra
habilidade é a criação de “novas empresas” que fazem parte do
grupo económico da
empresa mãe cujo objectivo é colocar trabalhadores a realizar o
mesmo trabalho que era
realizado pelos efectivos da empresa, mas dado que esta é
teoricamente “outra empresa”, o regime de contratação é
diferente e, obviamente, os salários e as condições de trabalho
são piores.
A
consequência destas práticas é que a riqueza é transferida dos trabalhadores para os accionistas e do trabalho para o capital.
O
salário dos trabalhadores diminui ou cresce abaixo da inflação,
enquanto os salários e
prémios de alguns gestores e accionistas do nosso concelho subiram
10, 20 ou 30% nos últimos
anos.”
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