quinta-feira, 8 de maio de 2014

"A democracia local não morde"

As redes sociais (blogues, facebook, youtube, twitter, daily motion, etc.) com todas as suas virtudes e perversidades ofereceram capacidade de expressão às populações afastadas dos grandes centros. Especialmente os blogues, instrumento que requer textos mais elaborados, trouxeram para a discussão política indivíduos interessados e interessantes outrora excluídos.
O facebook é mais propício à banalidade e à propagação de populismos sem grande fundamento. A nível local ainda estamos a aprender a trabalhar com estas ferramentas, ainda há muita ingenuidade e exageros.
Mas é preciso ter em mente que é melhor participar num sistema aberto em que os munícipes se podem exprimir livremente, mesmo quando se escrevem prosas injustas ou de que não gostamos, do que viver num meio onde os munícipes não têm opinião sobre nada.
Por isso, resultam despropositados os amuos e reacções sanguíneas, muito ofendidas, de cima para baixo, de quem em democracia por inerência das suas funções está saudavelmente exposto à crítica. Entre a produção local, costumo ler o Pedro Silva, o Fernando Campos e seus rabiscos acutilantes, o débito atento do António Agostinho, as notícias digitais do Figueira na Hora e até a voz de direita entusiasta do Carlos Romeira.
Nem sempre gosto do que leio, por vezes não gosto nada. Nesses momentos, tento enfiar a ofençazinha na gaveta (eu sei que não é fácil) e contra-argumentar, que é aquilo que realmente vale na discussão política.”
Rui Curado da Silva, investigador, hoje no jornal AS BEIRAS.

Em tempo. 
A Figueira é uma terra de artistas.
Tem, há muito, poetas, romancistas, políticos... E tem, agora, “blogues, facebook, youtube, twitter, daily motion, etc.”
Mas, eu, confesso, gosto é de poetas, que como sabemos são uns fingidores.
E em especial dos políticos que têm qualquer coisa de poeta...
Passados muitos anos, a Figueira tem de novo um político à frente da Cultura figueirense, também escritor e poeta. Como sabemos já escreveu mais do que um livro: “é um homem das letras, com várias peças de teatro, ensaios e livros editados. Em 2013, concorreu com um romance inédito ao prémio literário Leya, o maior prémio literário da lusofonia, com um prémio monetário de 100 mil euros. Concorreram 491 romances, provindos de 14 países – esta foi a edição mais concorrida e internacional de todas, com romances oriundos da Alemanha, Angola, Brasil, Espanha, E.U.A, França, Guiné-Bissau, Itália, Luxemburgo, Macau, Moçambique, Portugal, Reino Unido e Suécia. O Júri do concurso incluiu gente tão distinta como Manuel Alegre, Nuno Júdice, Pepetela, o Reitor do Politécnico e Universitário de Maputo, Lourenço do Rosário, ou uma professora universitária da Universidade de São Paulo, Rita Chaves, entre outros.
No decorrer da minha vida, conheci muita gente que andou a escrever livros, que foram publicados na editora O Livro Que Há-de Sair.
O que, desta vez, não deverá ser o caso... Aliás, sobre essse aspecto estou confiante: um sentimento de perseguição eterna, pode ser estímulo para dar origem a mais um excelente livro; ao contrário do sentimento de consagração literária efémera, que é o que impera nos dias que passam, que publica umas croniquetas semanais, por vezes um pouco desenxabidas.

3 comentários:

  1. Muita inveja e dor de cotovelo você tem desse homem. É o seu ídolo não?!!!às vezes as pessoas funcionam do avesso e parece ser o seu caso.

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  2. É a sua opinião...
    Que pena a cobardia na Figueira ser quem tanto opina!..
    Sei bem que a liberdade de expressão não deve ser limitada de ânimo leve...
    Contudo, é sempre triste e confrangedor ver que a inteligência, o rigor e a decência têm por vezes de ceder perante essa liberdade última que é a de publicar o que a cobardia bolça.

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