“Areal da Figueira cresce cerca de 40 metros por ano”, é uma
notícia hoje em grande destaque no Diário de Coimbra.
Há mais de dois anos –
em 5 de Março de 2012 – já este blogue, citando um trabalho da Lusa – dava conta
deste problema numa postagem intitulada “cada vez mais areia a norte, erosão galopante a sul”.
Recordo uma passagem.
“José Nunes André,
geógrafo e investigador universitário, tem vindo a monitorizar a acumulação de
sedimentos através de três perfis transversais, elaborados numa faixa de dois
quilómetros de comprimento no areal entre a Figueira da Foz e Buarcos. "Tem dado uma média de 40 metros ao ano de crescimento da
praia. E a sul [dos molhes do porto] temos o reverso da medalha, as praias
estão a recuar assustadoramente. As praias da Cova Gala e da Leirosa recuaram
15 metros num ano",
disse à agência Lusa José André.
De
acordo com o investigador, o ritmo de crescimento do areal da Figueira da Foz
é, actualmente, superior ao verificado aquando da construção original do
molhe norte, nos anos 60 do século passado. A praia, explicou, cresceu cerca de 440 metros até à década
de 1980 e, a partir daí, nos últimos 30 anos, a acumulação de sedimentos
reduziu de intensidade e praticamente estabilizou. No entanto, com a obra de
prolongamento do molhe - concluída no verão de 2010 -, o areal voltou a crescer
e, actualmente, apresenta 580 metros de largura máxima entre a marginal e
a orla marítima, segundo as medições feitas por José André.
Este geógrafo recordou que, por ocasião da obra, o período estimado de crescimento do areal foi estabelecido em 12 anos. Segundo os dados de que dispõe, e a manterem-se os valores observados, o prolongamento da praia vai ocorrer "apenas em seis, sete anos, até que as areias contornem o molhe"
Este geógrafo recordou que, por ocasião da obra, o período estimado de crescimento do areal foi estabelecido em 12 anos. Segundo os dados de que dispõe, e a manterem-se os valores observados, o prolongamento da praia vai ocorrer "apenas em seis, sete anos, até que as areias contornem o molhe"
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