foto Olímpio Fernandes |
O texto foi escrito
nos anos setenta do século passado pelo Adelino Tavares da Silva (foi meu Amigo
e um grande jornalista deste País, tendo chegado a ser Director do extinto «O
Século», a seguir ao 25 de Abril de 1974. Adelino Tavares da Silva tinha raízes
familiares no nosso concelho, pois o seu Pai – o Comandante Rainho – era da
Gala). A solução cénica encontrada para levar pela primeira vez ao
palco este inédito, de que gostei sobremaneira, foi do Francisco Sanchez. A meu ver, houve apenas dois pormenores que podem ser
melhorados: a Tasca do Zé Gandarês, onde o narrador, o Tzé Maia, ao estar fora
do palco, ao nível da sala, não fica visível para grande parte dos espectadores; por outro lado,
numa sala cheia como felizmente aconteceu ontem, a riqueza satírica e acutilante
do texto provocou, por diversas vezes, reacções de agrado e boa disposição do
público, o que foi positivo, mas prejudicou a compreensão da peça, pois tornou difícil a audição de certas passagens
do magnífico texto do Adelino Tavares da Silva. De registar a boa prestação dos amadores em cena, o que certamente terá muito a ver com a
exigência e o rigor do director cénico. Sem desprimor para ninguém, gostei
especialmente da interpretação que a Manuela Ramos deu a uma personagem forte e
cheia de força, uma autêntica Mulher da Cova Gala, como é, indiscutivelmente, a Ana Racha.
Muita gente pensa que o teatro é uma arte inacessível ao nosso depauperado bolso, ainda para mais neste difícil tempo de crise que atravessamos. Só que nem sempre é verdade. Para alegria de quem não possui bolso recheado e gosta de teatro, existem bons espectáculos, como o que foi levado à cena ontem à noite no Clube Mocidade Covense, que por dois ou três euros podem ser vistos.
"QUEM É IGUAL A QUEM? ou A RESISTÊNCIA HERÓICA DAS MULHERES DA COVA / GALA", é um espectáculo interessante e arrebatador, que fala de nós e dos
nossos antepassados covagalenses, que nos
surpreende e prende pela simplicidade de
um texto escrito com a qualidade só ao alcance de um talento literário como o de Adelino Tavares da Silva, que consegue alcançar, como ontem aconteceu, os corações e a alma da
plateia. Faz-nos pensar e reflectir, mas também nos faz rir e divertir. Numa
palavra provoca-nos emoções. A não perder.
Ficha Técnica.
Actores: Ana Margarida, Beatriz Duarte, Dina Pimentel, Francisco Sanchez, João Pita, Lurdes Sardo, Manuela Ramos, Maria Luísa, Rosa Estrela , Leonor, Alexandra, Ana Sofia e Mariana.
Actores: Ana Margarida, Beatriz Duarte, Dina Pimentel, Francisco Sanchez, João Pita, Lurdes Sardo, Manuela Ramos, Maria Luísa, Rosa Estrela , Leonor, Alexandra, Ana Sofia e Mariana.
Sonoplastia: José Vidal, João Pita e Adelaide Sofia.
Cenário: João Pita e Susana Brás.
Música: José Castro. Letra da Canção: João Pita.
Encenador: Francisco Sanchez.
Caro amigo sei que este não é o local ideal para comentar mas quem sabe isto nao lhe prporcionará um post .Nãoao posso deixar de lamentar que a naval 1º de maio organize um torneio da páscoa de infantis sub treze e não convide equipas do concelho mais uma falta de respeito principalmente por quem emprestou o campo enquanto nao havia sintetico.
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