quinta-feira, 24 de abril de 2014

Portugal, 1974

"A corporação militar, independentemente das armas em que se diversifica, constitui uma organização coerente e harmónica, pronta a cumprir a missão que lhe é determinada. A lealdade e a disciplina são atitudes fundamentais que o militar não poderá deixar de manifestar nas suas relações hierárquicas. São princípios universais de ética militar que, vale repeti-lo, sempre deveremos ter presentes.
Finalmente, move-nos como supremo objectivo, o bem da Pátria. Num momento em que o progresso da Nação e o bem-estar dos portugueses dependem da protecção que lhes é dada pelas forças militares é também oportuno dizer a Vossa Excelência que estamos unidos, firmes e cumpriremos o nosso dever sempre e onde quer que lho exija o interesse nacional".
General Paiva Brandão, representante dos oficiais-generais dos três ramos das Forças Armadas, na manifestação de solidariedade para com o regime, em 14 de Março, cujos participantes ficaram conhecidos como «brigada do reumático»

"O País está seguro de que conta com as suas Forças Armadas, e em todos os escalões destas não poderão restar dúvidas acerca da atitude dos seus comandos. Pois vamos então continuar, cada um na sua esfera, dentro de um pensamento comum, trabalhar a bem da Nação."
Marcelo Caetano, em agradecimento aos militares que aderiram à manifestação de 14 de Março. 

"A existência de um amplo movimento que abrange centenas de oficiais do quadro permanente dos três ramos das Forças Armadas, assim como a eclosão da sublevação de 16 de Março, exprimem a crescente oposição das Forças Armadas às guerras coloniais e à política do governo de Marcelo Caetano."
Notícia do jornal Avante!, Abril. 

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