terça-feira, 18 de março de 2014

Para quem não sabe, eu “conto como foi”...

À parte uns novos-ricos, monomaníacos e alienados (que não contentes em pagar as quotas do clube e o bilhete de época para ir ao estádio, pagam ainda mais uns extraordinários vinte e tal euros por mês ao Sr. Joaquim Oliveira acrescidos de mais cerca de dez ao Benfica para terem futebol em casa), o resto do país regressou há dois anos a uma das mais extraordinárias instituições do Portugal do tempo da "outra senhora": o “relato da bola”, via rádio.
O  futebol, curiosamente, ou talvez não, acompanhou este governo no regresso ao passado e desapareceu da TV em sinal aberto, como acontecia nos velhos tempos...
Quem o quer ver, agora, tem uma de quatro hipóteses:
1: vai ao estádio, paga ao Oliveira e ao Benfica;
2: bebe umas minis, uns finos ou uns tintos nos cafés;
3: fica especado em frente das montras das casas de electrodomésticos;
4: ou, então,  vê as “imagens sonoras”, como os poetas da rádio chamam à sua própria algaraviada.
É o tempo a voltar para trás... No futebol e na política! Ou vice-versa...
Ou seja, a crescente insatisfação com o estado da democracia em Portugal está directamente relacionada com a degradação das condições sociais e económicas dos últimos anos de crise acompanhada da falta de possibilidades de ver futebol em canal aberto. 
As conclusões do barómetro são apresentadas esta terça-feira no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

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