Isto escreveu o
Mestre em maio de 1991.
Purista do verbo e do enredo no dissertar da pena, concebia
o jornalismo como uma arte e uma missão nobre.
Andarilho e contador de histórias vividas, o Zé Martins passou em
palavras escritas pelo Notícias da Figueira, Diário de Coimbra, Diário Popular,
Jornal de Notícias, Diário de Lisboa, República, Opinião, Vértice, Mar Alto (de
que foi co-fundador), Barca Nova (de que foi fundador e Director) e Linha do
Oeste.
Como escreveu Hamlet, “o mundo está fora dos eixos. Oh! ...
Maldita sorte! ... Porque nasci para colocá-lo em ordem! ...”.
D. Quixote considerou que
“era o seu ofício e exercício
andar pelo mundo endireitando tortos, desfazendo agravos”.
O Zé considerava essa
também a sua principal missão: “também a lança pode ser uma pena/também a pena
pode ser chicote!”
Meu caro e irreverente Zé - Amigo e Mestre: confesso que por vezes me
assola a maldita sensação de que se a
pena é uma arma – e é, também é pouco
para o combate desigual contra quem, sem pudores ou escrúpulos de qualquer
espécie, nos combate com as mãos enfiadas
nos nossos bolsos agredindo-nos até às entranhas.
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