“Na Figueira da Foz, e sobretudo na sua terra natal (Cova-Gala), João Pereira Mano não precisa de qualquer apresentação. Homem do Mar, ficou-lhe esta região a dever, para sempre, a salvaguarda de muita da sua memória colectiva (e não só pela escrita, embora, naturalmente, essa seja a dimensão em que mais vai perdurar o seu contributo). Em 1997 o Capitão João Pereira Mano desempenhou também um importante papel na identificação e na obtenção de uma bateira do Mondego, típica da Cova-Gala (bateira FF-304-L Maria Augusta Mano), que veio a ser meritoriamente doada pelo seu último proprietário, o Ex°. Senhor Manuel Mano, para futuros fins museológicos, e que assim veio juntar-se aos outros três diferentes exemplares de arquitectura naval local que o CEMAR já havia antes, em 1995, 1996, e 1997, conseguido que fossem obtidos, restaurados, e doados à cidade e à sua autarquia, com vista aos referidos fins museológicos.” (daqui)
fotos António Agostinho |
Neste momento, o único exemplar da bateira da Cova-Gala
encontra-se no Largo das Alminhas, na Gala, como a foto documenta. Sujeito que
está à chuva e ao sol, na melhor das hipóteses, daqui por dois anos terá o mesmo
destino que as embarcações oferecidas pelo CEMAR à Câmara da Figueira tiveram:
o apodrecimento.
Enquanto é tempo, deixo aqui uma sugestão e, ao mesmo tempo, um apelo a quem de direito, para preservar tão
importante exemplar único (pelo menos que eu conheça) da bateira da Cova-Gala: a
sua deslocação para o portinho da Gala para fazer parte do espólio do Núcleo
Museológico que aí está a ser construído e que irá ser aberto ao público em
breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.