foto António Agostinho
A ocupação desordenada do litoral contribui para situações
de desequilíbrios e fenómenos de erosão costeira que têm vindo a pôr em causa a
segurança de pessoas e bens.
É o que aconteceu a sul do porto da
Figueira da Foz, depois das obras do prolongamento do molhe norte em 400
metros, onde se agravaram os efeitos erosivos.
Recorde-se: ontem, demos conta da
situação estável que se vive a norte da barra da Figueira da
Foz, Praia de Quiaios, onde, felizmente, existe uma duna bem conservada e sem
erosão costeira - o que vem a provar que o desaparecimento das dunas
primárias, invulgarmente rápido e anormal, verificado entre a Foz do do Mondego
e a Praia do Pedrógão se deve, na sua maior parte, ao erro do prolongamento do
molhe norte na Figueira da Foz.
Cova, Gala, Costa de Lavos e Leirosa são apenas algumas localidades na lista negra, a que se juntam Vieira de Leiria, São Pedro de Moel e Pedrógão. Hoje, já não se consegue esconder aquilo que está à frente dos olhos de toda a gente. A intervenção humana tem vindo a acelerar a erosão costeira, como a foto desta manhã mostra: a duna, a sul do 5º. Molhe entre o 5º. Molhe e a Costa de Lavos está a desaparecer assustadoramente.
Pese embora o esforço deste blogue, este
local, por si só, tem passado despercebido nos meios de comunicação
local, regional e nacional, dado o facto do avanço das águas do mar não
encontrar pela frente aglomerados populacionais, um apoio de praia ou uma
barraca de surf...
Aparentemente, no imediato, não é
uma ameaça à vida das pessoas e à segurança dos seus bens...
Todavia, isso
pareceu-me sempre o mais preocupante, pois 500 metros, a norte, e 2 ou 3
quilómetros, a sul, lá estão as pessoas e os bens, à mercê da fúria do
mar, por incúria e ganância do homem.
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