segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

“Não aos caulinos”

foto sacada daqui
Realizaram-se recentemente duas sessões de esclarecimento sobre a pretensão de uma empresa privada em explorar os caulinos na parte norte do nosso concelho: uma no Bom Sucesso e outra em Ferreira.
João Ataíde e Ana Carvalho, presidente e vereadora da Câmara da Figueira da Foz, participaram nas duas sessões.
Em Ferreira-a- Nova, porém, os representantes da autarquia deram um passo em frente: admitiram acionar uma providência cautelar
Esta medida será aplicada “se a licença de exploração for aprovada (pela Direção Geral de Energia e Geologia) e as populações se opuserem”, disse Ana Carvalho ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Entretanto, “cada vez mais vozes se levantam contra exploração de caulino.” 
É o caso de Miguel Almeida, vereador do Somos Figueira, que em crónica hoje publicada no jornal AS BEIRAS, deixa esclarecida a sua posição sobre o assunto.   
“As freguesias de Ferreira-a-Nova e do Bom Sucesso necessitam, por estes dias, de uma intervenção política e cívica tenaz, que defenda afincadamente os superiores interesses das populações.
Afirmo isto pois é preciso impedir a exploração de caulinos na zona norte do concelho, após uma empresa privada ter manifestado interesse em extrair esse minério em aproximadamente 500ha de terrenos. O caulino é um mineral argiloso muito usado em diversas indústrias, mas todo o processo de extração e transporte de materiais tem consequências negativas, e nem sempre reversíveis, sobre o meio envolvente.
As principais repercussões incidem sobre a qualidade de vida das populações, sobre a fauna, a flora, o solo, as águas superficiais e subterrâneas, a atmosfera e as próprias estruturas rodoviárias. As alterações na paisagem são drásticas e, mesmo que a recuperação paisagística ocorra à medida que a exploração vai avançando, nada volta a ser como antes.
A região em causa é muito sensível, com muitas explorações agrícolas que dão sustento a muitas famílias, tem uma vasta área florestal e está próxima de cursos de água e lagoas já de si sensíveis - Vela, Braças, Salgueiro.
Não podemos correr riscos desnecessários.
A câmara municipal, assembleia municipal, juntas de freguesia e deputados do círculo de Coimbra têm de exigir ao Governo que não autorize esta exploração, defendendo assim os interesses dos habitantes daquela zona do concelho até às últimas instâncias.”
Está-me cá a parecer que esta “estória” ainda vai ter mais história... 
Entretanto está a decorrer um Petição Pública sobre este assunto. Para assinar clicar aqui.

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