De harmonia com o que foi tornado público, a Câmara da
Figueira da Foz enviou um ofício à Direção-Geral de Energia e Geologia a manifestar a sua oposição à exploração de caulino no norte do concelho.
Na carta, “o executivo manifesta, de forma veemente, a sua
oposição à concessão de exploração de Caulinos no Pocinho“ e “reforça a sua
posição com a das populações das freguesias de Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova,
expressa em centenas de reclamações e manifestos apresentados e de um abaixo-assinado”.
O executivo camarário
começou por não ser a favor nem contra. Todavia, a sua posição foi evoluindo e enviou parecer à entidade licenciadora
manifestando reservas e exigindo garantias e contrapartidas.
Depois de verificar a reação das populações, nas sessões de esclarecimento, “a autarquia, reitera as fundamentações e reclamações já
referidas no seu parecer de 16 de janeiro e aduz três outras razões”. O projeto
agrícola integrado e agropecuário na zona do Pocinho, de que dependem cerca de
180 agregados familiares e 75 explorações leiteiras, lidera a lista. Seguem-se o
nível freático e “a memória do processo de expropriação de terrenos aquando da
construção da autoestrada A17”.
Resumindo: “o ofício
dá conta da firme convicção de que não existem condições para a exploração de
depósitos minerais de caulinos e de que esta concessão não é de interesse
público”.
E termina: “tanto mais que esta se torna absurda, quando, ao
arrepio das políticas defendidas por este Governo, se propõe concessionar explorações
mineiras em terrenos florestais e agrícolas, hipotecando a prática agrícola nesta
e em zonas confinantes com a mesma”.
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