sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Depois de alguma hesitação, a Câmara da Figueira assume-se contra exploração de caulino

De harmonia com o que foi tornado público, a Câmara da Figueira da Foz enviou um ofício à Direção-Geral de Energia e Geologia a manifestar a sua oposição à exploração de caulino no norte do concelho.
Na carta, “o executivo manifesta, de forma veemente, a sua oposição à concessão de exploração de Caulinos no Pocinho“ e “reforça a sua posição com a das populações das freguesias de Bom Sucesso e Ferreira-a-Nova, expressa em centenas de reclamações e manifestos apresentados e de um abaixo-assinado”.
O executivo camarário começou por não ser a favor nem contra. Todavia, a sua posição foi evoluindo e enviou parecer à entidade licenciadora manifestando reservas e exigindo garantias e contrapartidas.
Depois de verificar a reação das populações, nas sessões de esclarecimento, “a autarquia, reitera as fundamentações e reclamações já referidas no seu parecer de 16 de janeiro e aduz três outras razões”. O projeto agrícola integrado e agropecuário na zona do Pocinho, de que dependem cerca de 180 agregados familiares e 75 explorações leiteiras, lidera a lista. Seguem-se o nível freático e “a memória do processo de expropriação de terrenos aquando da construção da autoestrada A17”.
Resumindo:  “o ofício dá conta da firme convicção de que não existem condições para a exploração de depósitos minerais de caulinos e de que esta concessão não é de interesse público”.
E termina: “tanto mais que esta se torna absurda, quando, ao arrepio das políticas defendidas por este Governo, se propõe concessionar explorações mineiras em terrenos florestais e agrícolas, hipotecando a prática agrícola nesta e em zonas confinantes com a mesma”

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