sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A apagada e vil tristeza a que chegou o futebol distrital em Coimbra...

O Vigor está indignado com a forma como tem sido tratado pela Associação de Futebol de Coimbra e seu Conselho de Arbitragem  e não foi de modas: pediu a demissão do presidente e do vice-presidente da direcção da AFC e também do CA.
Recorde-se: tudo começou no jogo Vigor-Poiares, que terminou com a expulsão de seis jogadores locais.
Entretanto, no sábado,  no jantar de aniversário do Vigor, tudo se agravou.
Mário Fernandes, presidente do emblema de Fala, dirigiu-se à AFC “não a agradecer, antes pelo contrário”, por entender que o Vigor “deve merecer mais respeito e tem sido mal tratado pelo CA e pela própria direcção da AFC”.
As críticas do presidente Mário Fernandes não caíram bem junto de Fernando Ferreira, vice-presidente da AFC, que se encontrava presente no jantar.
No dia seguinte, o dirigente da associação que tutela o futebol distrital escreveu no seu facebook a seguinte mensagem: “A ingratidão. Foi como fui brindado numa noite que devia ser de festa, mas substituída por atoardas e falta de respeito com a instituição que represento”.
Apolino Pereira, o eterno  presidente do CA, comentou: “Pois não sei do que se tratou, mas eu infelizmente sou pequenino, mas com umas enormes costas, e os comentários dos ignorantes esbarram na couraça da minha indiferença. Há abutres e mal intencionados em todos os quadrantes. Os cães ladram e a caravana avança! Força Fernando”.
No mesmo dia, a AFC enviou um faxe ao Vigor, terminando a reserva de utilização do pavilhão para a realização dos treinos de árbitros de futsal, mas não sem antes de Horácio Antunes ter enviado um sms a Mário Fernandes ainda na noite do jantar, com o seguinte texto: “Não tens vergonha nenhuma, nem educação”.
Confrontado pelo jornal AS BEIRAS com as declarações do Vigor, Horácio Antunes, presidente da Associação de Futebol de Coimbra, esclareceu:  “na altura, transmiti a Mário Fernandes, sempre com máximo de amizade, porque, além da figura institucional sempre existiu forte relacionamento de amizade, que não era possível qualquer actuação por parte da direcção da AFC, porquanto havia relatórios assinados, quer do árbitro quer de um observador, e que só o Conselho de Arbitragem  e o Conselho de Justiça, em sede própria, poderiam intervir”.
Foi, aliás, o que sucedeu, disse ainda  Horácio Antunes, lembrando os castigos aos “jogadores expulsos, treinador e dirigentes no banco, todos com a pena mínima aplicável, porque insultos ao árbitro têm pena de dois a seis jogos”...
Perante isto, que acabei de ler no jornal AS BEIRAS, apenas tenho a dizer o seguinte: anda para aí muita algazarra e as coisas estão a correr mal. Mas,  nunca se esqueçam, que ainda podem vir a correr pior...
A promiscuidade entre o futebol e a política é grave, mas, mais grave que isso, é a própria promiscuidade e a falta de coragem...

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