sábado, 2 de novembro de 2013

Na Figueira, a democracia está saudável e recomenda-se...

No passado dia 24 de Outubro, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Dr. João Ataíde, um independente eleito numa lista do PS, tornou público e foi aprovado pelos vereadores da maioria, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
Passados 9 dias ficam, para memória futura, as reacções tornadas públicas das principais forças partidárias na Figueira, numa matéria que considero fundamental para a qualidade da democracia na nossa cidade.
PS  - “as acusações de autoritarismo ou absolutismo, por uma reunião de câmara por mês ser fechada ao público, não passam de meras acusações «baratas» para tentar manchar o arranque de um mandato autárquico claramente legitimado pelos figueirenses”.
PSD – “a Câmara não deve nem pode viver fechada em si mesma e a possibilidade das reuniões de Câmara poderem ser descortinadas pelos figueirenses era um reforço entre a ligação de eleitos e eleitores. Desde que vivemos em democracia é a primeira vez que tal acontece.”
CDS – que eu tenha conhecimento, nada a registar.
CDU – que eu tenha conhecimento, nada a registar.
BE – que eu tenha conhecimento, nada a registar.
MRPP – que eu tenha conhecimento, nada a registar.

2 comentários:

  1. A forma como exercemos o nosso direito à liberdade de expressão é talvez o melhor indicador do estado da democracia que vivemos.
    É, por isso, hoje, fundamental ,que reflictamos sobre a forma como estamos a exercer essa liberdade individual - na Figueira e no País - consagrada na Constituição da República Portuguesa.
    É por isso, também, hoje, fundamental, comparar certos comportamentos de alguns vereadores da maioria e aquilo que eles defendiam publicamente há 5 anos atrás.
    Para os que defendem esta deliberação camarária aprovada pela actual maioria absoluta, na base de que “temos que entender que nos dias de hoje os municípios vivem num ambiente de concorrência entre si, e o momento em que alguns assuntos estratégicos podem ser tornados públicos, deve ser detalhadamente estudado e programado”, digo que, infelizmente, os problemas da democracia são muito mais complexos e graves e “se não nos pomos a pau” o futuro pode-nos reservar “coisas” bem piores.
    O descrédito nos partidos é apenas uma parte do problema. Se é certo que nos dias de hoje há quem se sinta ideológicamente órfão, para a maior parte das pessoas o motivo do afastamento da participação nas coisas públicas é de outra natureza. Nem nos tempos das chamadas certezas ideológicas (fossem baseadas em sistemas filosóficos fossem resultantes de matrizes culturais como a greco-romana-judaica) a maioria dos cidadãos tinham opiniões racionalmente fundamentadas sobre as res publica. O trabalho político, para além de persistência e continuidade, requer também estudo árduo. Antes era fácil ser militante, para muitos tão simples como ser sócio do Sporting, do Benfica ou do Porto...
    Quantos se disponibilizam hoje para uma acção cívica regular, continuado e com sentido estratégico, como o António Agostinho disso dá tão positivo exemplo com a publicação deste blogue?
    Afinal de contas, não é certo – e muito menos seguro - que sem os partidos a democracia estaria melhor servida...
    Carlos Mendes de Sousa

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  2. No passado dia 24 de Outubro, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Dr. João Ataíde, um independente eleito numa lista do PS, tornou público e foi aprovado pelos vereadores da maioria, que os jornalistas e o público só podem estar presentes na segunda reunião de câmara do mês.
    OU SEJA DEU UMA FACADA NAS COSTAS DO MANUEL FERNANDES TOMAZ

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