quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Esta nossa barra (VI)

Um exemplo dos governantes que temos...
"Manuel Pinto de Abreu sublinhou, durante o debate do Orçamento do Estado na Assembleia da República, "nenhuma embarcação de pesca tem qualquer condicionante à prática do porto da Figueira da Foz" que está preparado para navios com um calado máximo de seis metros.
"O que se passou, e que está a ser investigado, não é consequência de uma situação de assoreamento da barra, é uma consequência de condições excecionais que exigem uma prática excecional da barra", salientou o governante, considerando que é necessário que os pescadores promovam a sua própria segurança.
A este propósito, lembrou "as palavras do mestre Festas [presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar] que disse que é necessário mudar a cultura dos pescadores e que estes passem a adotar uma postura da máxima segurança", nomeadamente utilizando equipamentos cuja aquisição tem sido promovida pelo programa PROMAR (Programa Operacional de Pescas).
O mestre José Festas disse na altura que a forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída pode ter ajudado ao naufrágio da embarcação "Jesus dos Navegantes", provocando a morte de três pescadores.
José Festas justificou a falta de uso do colete salva-vidas com as dificuldades que o mesmo coloca. "Se o estivessem a usar, se calhar, com o barco a virar, teriam morrido mais [tripulantes], porque com o colete vestido é muito difícil mergulhar", sublinhou o antigo pescador."
Via Público


Este ano já morreram seis pessoas à entrada desta nossa barra. 
Desde já, o que se passou, que ainda está a ser investigado, para o governante Manuel Pinto Abreu "não é consequência de uma situação de assoreamento da barra!"
Tal como o velho e experiente Manuel Luís Pata, pergunto-me... 
"Quantos falam do mar, sem o conhecer?"

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